As faces de Cláudia: uma análise sociodiscursivos do feminino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rezende, Raquel Monteiro De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13017
Resumo: Considerando-se que a mídia, além de informar, tem também o poder de formar opiniões, tornam-se cada vez mais necessárias pesquisas dedicadas ao estudo de estratégias do discurso midiático, visto que tais artifícios moldam convicções e exercem influência direta sobre a opinião pública nas mais diversas áreas temáticas. No âmbito do tema mais específico do feminino, esta pesquisa, em vista das novas demandas da mulher contemporânea, assume como objetivo principal investigar de que estratégias se valem as capas de revistas voltadas especificamente para mulheres, notadamente da revista Claudia, e como contribuem para a compreensão da representação do gênero feminino no Brasil. Assim sendo, prioritariamente sob a perspectiva da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, desenvolvida por Patrick Charaudeau (1983), são analisadas neste trabalho de modo mais detalhado dezessete capas de Claudia publicadas entre os anos de 1985 e 2019, dentre as trinta e seis que compõem o corpus desta pesquisa. Pela análise do corpus, pautada em estratégias coordenadas por princípios e operações de semiotização do mundo, observa-se se imaginários sociodiscursivos acerca do feminino difundidos pela revista, que resultam de representações sociais específicas, alteraram-se de alguma maneira ao longo das últimas três décadas. Em consequência, comparam-se compreensões acerca da feminilidade propagadas pela publicação ontem e hoje. Além dos postulados da Semiolinguística, outros pressupostos teóricos, tais como os de Bakhtin (2011), mais relacionados aos estudos acerca dos gêneros discursivos, os da Teoria das Representações Sociais, com base nos trabalhos de Moscovici (2004) e Jodelet (2001), e os da Linguística Textual, baseados nos postulados de Koch e Travaglia (2018) são também abordados para fins de análise. Ao identificar como a mulher brasileira vem sendo representada ao longo do tempo pela revista em apreço, é possível apontar como Claudia tem contribuído para a formação da opinião pública acerca do feminino no Brasil. As estratégias discursivas identificadas como de uso corrente por parte da imprensa feminina também são, na presente dissertação, objetivo de discussão no que diz respeito a suas possibilidades de abordagem pedagógica no ensino básico