Imaginários sociodiscursivos de empoderamento e de diversidade nas capas da revista Marie Claire: uma análise do ethos à luz da semiolinguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coutinho, Giselle de Souza Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21837
Resumo: As revistas femininas estão no mercado editorial brasileiro desde meados do século XIX, abordando, principalmente, assuntos sobre casamento, maternidade e beleza, que acreditam ser de interesse das mulheres. A Marie Claire veio para o Brasil no século XX, é uma revista que tem visibilidade e mantém a legitimidade e a credibilidade frente ao seu público-alvo, ao veicular conteúdos considerados mais tradicionais. Contudo, com o passar dos anos, novos temas surgiram, como a questão do feminismo e da liberdade feminina. Assim, com base nos eixos sociais e linguísticos, que contribuem para a construção dos discursos publicados por essa mídia, neste trabalho, temos por objetivos investigar o processo de produção das capas da revista Marie Claire, a partir dos conceitos de sujeito, semiotização de mundo e contrato de comunicação da Semiolinguística do Discurso; verificar, ainda no plano da produção, como as temáticas tradicionais e atualizadas das capas correspondem a imaginários sociodiscursivos e/ou estereótipos sobre a mulher; e analisar como a revista constrói o seu ethos. O corpus selecionado são as capas de janeiro de 2015 a abril de 2020, totalizando, aproximadamente, setenta capas. Pautamos a nossa investigação, principalmente, na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau, detendo-nos nos conceitos de Sujeitos da linguagem (2001), Contrato de comunicação, Imaginários sociodiscursivos (2018a), Identidades social e discursiva (2009) e Ethos (2018a). Além desses pressupostos, utilizamos também estudos de Jodelet (2016), acerca das representações sociais, e de Amossy (2018) sobre o ethos. Ademais, a fim de aprofundarmos a nossa investigação, baseamo-nos nos estudos de gênero, de raça e de empoderamento, a partir, respectivamente, de Butler (2014), Ribeiro (2018) e Berth (2018). Por fim, tendo em vista a multimodalidade do corpus, fundamentamo-nos em pesquisas sobre textos não verbais de Charaudeau (2013), Santaella (2012), Sousa (2002), Guimarães (2000; 2003) e, a partir de Corado (2012), acessamos algumas considerações da Gramática da Sintaxe Visual. Portanto, buscamos investigar como as mudanças temáticas nas capas da Marie Claire contribuem para a construção de seus ethés e, consequentemente, para o cumprimento do contrato de comunicação