Indicadores de prazer e sofrimento em trabalhadores de enfermagem oncológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Alessandro Fábio de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16718
Resumo: O trabalho com pacientes de câncer demanda um grande equilíbrio emocional por parte dos profissionais da saúde. Entretanto, a psicodinâmica do trabalho em enfermagem oncológica gera um desgaste físico e emocional que comumente desencadeiam transtornos psíquicos e emocionais. Portanto, é necessário avaliar a maneira como os profissionais de enfermagem oncológica lidam com o sofrimento adquirido no trabalho. Objetivo geral: Avaliar os indicadores de sofrimento psíquico, vivenciado por trabalhadores de enfermagem oncológica em um hospital público do Rio de Janeiro, através de Inventário sobre o trabalho e riscos de adoecimento. Objetivos específicos: 1) Reconhecer os indicadores de risco humano do trabalhador de enfermagem oncológica; 2) Verificar as associações de indicadores de sofrimento no trabalho de enfermagem; 3) Avaliar o discurso referente ao sofrimento psíquico desses profissionais; 4) Discutir estratégias para minimizar o sofrimento psíquico dos enfermeiros, estabelecendo linhas diretivas para cuidar do cuidador. Método: Essa pesquisa prospectiva, com abordagem quanti-qualitativa foi realizada em três unidades hospitalares do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). A coleta dos dados quantitativos ocorreu através da aplicação de quatro escalas de prazer e sofrimento, que compõe o Inventário sobre Trabalho e Risco de Adoecimento, em 125 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. A etapa qualitativa ocorreu através da realização de uma entrevista semiestruturada com 15 participantes e auxílio do software DSCsoft para elaboração do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: A maioria dos participantes eram mulheres, com idade inferior a 40 anos, formação universitária e com mais de 15 anos de experiência profissional. Os diversos indicadores analisados e os discursos dos participantes revelaram a existência de sofrimento psíquico no ambiente de trabalho do INCA. A avaliação do contexto de trabalho demonstrou que 94,4% dos participantes possui uma visão moderada ou negativa das relações socioprofissionais e das condições de trabalho. Os fatores relacionados ao custo físico, cognitivo e afetivo no ambiente de trabalho foram avaliados como moderados ou graves por 95,2% dos participantes. Apesar de 96% dos participantes possuírem uma avaliação moderada ou positiva das vivências no ambiente de trabalho, a maioria deles reportaram sofrer de um desgaste físico, psicológico e social. A dificuldade de lidar com o sofrimento diário no ambiente de trabalho acaba afetando negativamente a produtividade e a vida pessoal dos profissionais da saúde. Entre as estratégias sugeridas para ajudar a lidar com o sofrimento gerado no ambiente de trabalho destacam-se: a formação de grupos de apoio psicológico; terapia com psicólogo; criação de grupos para atividades lúdicas; ampliação do diálogo com a chefia; e não levar para a casa assuntos pesados acerca do sofrimento vivenciado no trabalho. Considerações Finais: A gestão hospitalar deve considerar a eleição de ações para enfrentamento do sofrimento dos trabalhadores de enfermagem na prática hospitalar, promovendo sua saúde e a sua produtividade