Educação profissional em enfermagem: prazer e sofrimento no trabalho docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Marcello Antonio Benedini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-01022016-160836/
Resumo: Mediante as mudanças socioeconômicas ocorridas nas últimas décadas, resultado da globalização da economia, novas configurações à organização do trabalho foram impostas, repercutindo diretamente no modo como os relacionamentos interpessoais acontecem. Nesse contexto, foi realizada a presente pesquisa com o objetivo de compreender e analisar as vivências de prazer e sofrimento no trabalho dos docentes da Educação Profissional de Nível Médio em Enfermagem. A pesquisa, de natureza qualitativa, descritivo exploratória, contou com a participação de oito professores em duas instituições de ensino profissionalizante privadas, localizadas no município de Ribeirão Preto - SP. Em concordância à Resolução 1466/2012 e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP, a coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas com o consentimento dos participantes. O referencial da psicodinâmica do trabalho foi utilizado como base teórica, visando ao aprofundamento nas dinâmicas de prazer e sofrimento resultantes das situações de trabalho, sendo a análise de dados feita por meio da análise de conteúdo temática. Os resultados apresentaram como principais fatores desencadeantes de sofrimento nos professores, a sobrecarga de trabalho, a falta de reconhecimento, a desvalorização social, a má remuneração, além de dificuldades afetivas na relação professor-aluno. Os sentimentos de prazer e gratificação dos docentes emergiram ligados às experiências de reconhecimento e realização pessoal no trabalho e ao bom convívio com os alunos. A partir da investigação de aspectos subjetivos no trabalho dos professores e de sua análise, foram reafirmadas as condições precárias e a sobrecarga de trabalho, às quais os docentes são submetidos, em ratificação à bibliografia existente sobre o tema. Faz-se necessário ressaltar que o sofrimento vivido no trabalho docente pode causar doenças somáticas e psíquicas, entretanto, os resultados da pesquisa também indicaram condições favoráveis à transformação do sofrimento patogênico em sofrimento criativo, por meio da cooperação e do reconhecimento do trabalho dos professores, como presume a teoria psicodinâmica do trabalho