Perfis de susceptibilidade a antimicrobianos de estirpes de leptospira spp. de bovinos do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Correia, Lucas Francisco Leodido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32416
Resumo: A leptospirose é uma doença zoonótica mundial determinada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira. Em bovinos, a doença é caracterizada principalmente por problemas reprodutivos, tais como infertilidade, aumento no número de montas, intervalo entre partos prolongados, abortamento, ocorrência de natimortos e crias fracas, levando a importantes prejuízos econômicos. O controle da leptospirose bovina envolve várias medidas, incluindo identificação de portadores e tratamento antimicrobiano. Apesar da importância da antibioticoterapia, poucos estudos sobre a susceptibilidade antimicrobiana de estirpes de origem bovina foram realizados. O objetivo deste estudo foi determinar a susceptibilidade fenotípica de estirpes de Leptospira obtidas de bovinos no Rio de Janeiro, Brasil, aos principais antibióticos utilizados na prática veterinária bovina. Foram estudadas 23 estirpes de Leptospira sp. e seus perfis de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) foram determinados in vitro pela técnica de macrodiluição em caldo. Não foram observadas diferenças significativas na susceptibilidade entre as espécies de Leptospira, exceto para a CIM de tetraciclina para L. santarosai (p <0,05). Comparando as estirpes do sorogrupo Sejroe (L. santarosai e L. interrogans), principais agentes de leptospirose bovina, observaram-se importantes diferenças na CIM, principalmente para ceftiofur, doxiciclina e em CBM para estreptomicina (p <0.05). Importante salientar que duas estirpes apresentaram valores de CBM acima da concentração plasmática máxima descrita para a estreptomicina e foram classificadas como de susceptibilidade reduzida. Assim, a eficácia da terapia antimicrobiana na leptospirose bovina pode ser comprometida devido à ocorrência de infecção por estirpes de Leptospira apresentando susceptibilidade reduzida.