Associação da produção de IL-6 e a Infecção por Leptospira sp. em úteros de vacas com problemas reprodutivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pedrosa, Juliana de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33787
Resumo: A leptospirose em bovinos apresenta-se principalmente como uma doença crônica da esfera reprodutiva que causa abortamento, repetições de cios e morte embrionária precoce. Embora a bactéria já tenha sido detectada no trato genital de vacas, pouco se sabe sobre a resposta imune celular uterina ou sobre os fatores intrínsecos que poderiam contribuir com a falha reprodutiva. Sabe-se que diversas citocinas e imunoglobulinas participam da gestação e da saúde uterina. Assim, analisar a participação destas durante a leptospirose genital é de grande importância para o entendimento da resposta imune e sua consequência na reprodução animal. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a influência da infecção natural por Leptospira sp. sobre o nível de produção de citocina pró-inflamatória IL -6 no útero de vacas vivas. Para tal, amostras de biopsia uterina (n=54) foram submetidas a análises moleculares e imunológicas. A partir dos resultados da PCR, dois grupos foram formados: o grupo positivo para presença de leptospiras no útero e o grupo negativo. De ambos os grupos, foi avaliado o nível da citocina IL-6 por meio de kit comercial de ELISA. Nossos resultados demonstraram que os tecidos uterinos infectados com leptospiras apresentam maiores níveis de IL-6 em comparação com tecidos não infectados (p < 0,001). Sugere-se então que a presença de leptospiras em úteros bovinos pode induzir uma resposta pró-inflamatória, a qual pode estar relacionada à morte do embrião e consequente falhas reprodutivas.