Avaliação do tratamento com estreptomicina sistêmica na eliminação do estado de portador genital em ovinos experimentalmente infectados por leptospiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guadelupe, Bruna de Queiroz Salles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25679
http://dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2022.m.10022339760
Resumo: As doenças infectocontagiosas ainda se mantêm como fatores responsáveis pela baixa produtividade dos rebanhos de ruminantes brasileiros, dentre as quais se destaca a leptospirose. A leptospirose genital de ruminantes é uma síndrome particular, no qual as leptospiras se mantém albergadas nos órgãos do trato reprodutivo causando alterações inflamatórias e/ou infecção embrionária/fetal resultando em significantes perdas reprodutivas. Apesar de bastante específica do sistema reprodutor, os mecanismos de controle que vêm sendo aplicados são os mesmos descritos para a leptospirose sistêmica, onde se desconhece sua eficiência na eliminação e/ou prevenção da infecção leptospírica no trato genital. Assim sendo, este estudo teve como objetivo avaliar a eficiência do tratamento sistêmico sugerido em literatura administrado em diferentes fases do ciclo estral na eliminação do estado de portador genital de ovelhas experimentalmente infectadas. Para o estudo, foram utilizadas 12 ovelhas da raça Santa Inês comprovadamente infectadas experimentalmente, divididas em três grupos de estudo. Dois grupos tiveram seu ciclo estral induzido e sincronizado, sendo o grupo A tratado com estreptomicina 25mg/kg(dose única) no estro, o grupo B foi tratado no metaestro e o grupo C foi o controle não tratado. A avaliação da remoção do estado de portador dos tratos urinário e reprodutivo nas duas condições hormonais, foram realizadas por meio de PCR das amostras de urina, muco cérvico-vaginal e fragmento do útero e os animais observados por um período de 80 dias. Com os resultados obtidos, verificou-se que o protocolo estipulado em dose única do antibiótico, não foi o suficiente para eliminar o estado portador leptospírico dos animais estudados, mantendo positivas tanto no trato urinário quanto no genital em certo momento do estudo. As ovelhas estudadas foram infectadas em um projeto anterior, portanto, no primeiro dia de tratamento (D0), 16,6% apresentaram positivas apenas em trato urinário e 83,3% positivas no trato genital e, três dias após início do tratamento, apenas 41,6% positivas em trato genital e nenhuma no trato urinário. Ao decorrer do estudo, houve uma moderada positividade dos resultados analisados, entre os tratos urinário e genital em todas as amostras coletadas. De acordo com os resultados finais, houve uma melhora significativa ao tratamento realizado, apenas com três dias consecutivos com o uso do antibiótico sistêmico estipulado, eliminando em 100% o estado portador de leptospiras em 100% das ovelhas, tanto no trato urinário como no trato genital e não tendo diferença significativa no tratamento estipulado quanto ao período estral em que a ovelha se encontra e assim concluímos que 3 dias consecutivos de tratamento sistêmico com o antibiótico é mais eficaz que apenas 1 dia de tratamento como relatado em literatura.