Caracterização epidemiológica da Leptospirose em caprinos leiteiros no Semiárido da Paraíba, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: HIGINO, Severino Silvano dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1653
Resumo: A leptospirose em pequenos ruminantes é uma doença que pode causar perdas econômicas devido a ocorrência de abortamentos, natimortalidade e diminuição da produção de leite. Este trabalho teve como objetivos determinar a prevalência de propriedades de caprinos leiteiros positivas e de animais soropositivos para leptospirose no semiárido paraibano, bem como identificar fatores de risco associados à prevalência de propriedades positivas. A amostragem foi delineada para a determinação da prevalência de propriedades positivas (focos) e de animais soropositivos para a infecção por Leptospira spp. No total, foram colhidas amostras de sangue de 975 animais procedentes de 110 propriedades leiteiras localizadas no Munícipio de Monteiro, microrregião do Cariri Ocidental, Estado da Paraíba. Para o diagnóstico da infecção por Leptospira spp., foi utilizado o teste de soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando como antígenos 24 sorovares. Uma propriedade foi considerada foco quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. As prevalências de propriedades positivas e de animais soropositivos foram de 43,6% (IC 95% = 34,2% - 53,4%) e de 8,7% (IC 95% = 5,7% - 12,9%), respectivamente. Nos animais, os sorovares mais frequentes foram Autumnalis (1,74%; IC 95% = 0,97% – 3,09%), Sentot (1,71%; IC 95% = 0,82% – 3,52%) e Whitcomb (1,39%; IC 95% = 0,65% – 2,93%), e nas propriedades, os sorovares Autumnalis (10,9%; IC 95% = 5,8% – 18,3%), Whitcomb (8,2%; IC 95% = 3,8% – 15,0%) e Sentot e Patoc (7,3%; IC 95% = 3,2% – 13,8%) foram os mais frequentes. Presença de roedores (OR = 2,78, P = 0,015) foi identificada como fator de risco. Também houve associação entre o histórico de infertilidade (OR = 14,74, P = 0,015) e a prevalência de rebanhos positivos. Sugere-se que a infecção está distribuída em caprinos da região, e um programa de controle de roedores deve ser incluído nas práticas de manejo dos rebanhos com o intuito de reduzir a transmissão do agente e, consequentemente, reduzir a prevalência de rebanhos positivos e ocorrência de problemas reprodutivos, tais como infertilidade.