Colégio Pedro II: lugar de resistência no ensino de francês na educação pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Maria Gabriela Braga da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11646
Resumo: Essa dissertação, inserida no âmbito dos estudos de políticas linguísticas educativas, tem por objetivo analisar os documentos norteadores do ensino de línguas estrangeiras (LE), em particular o ensino de francês, no Colégio Pedro II (CPII), considerando o papel desta instituição secular na educação nacional. Fundado em 1837, o CPII, cuja formação originalmente humanística privilegiava as disciplinas de LE clássicas e modernas, serviria de referência para o ensino secundário brasileiro por mais de cem anos. A pesquisa documental desenvolvida nessa dissertação é orientada pelos seguintes objetivos: (i) traçar um panorama histórico do ensino de LE no CPII; (ii) identificar as resoluções de nível nacional e institucional que nortearam o ensino de LE no CPII entre os anos de 2012 e 2017, verificando a articulação estabelecida entre elas; (iii) analisar de que forma essas resoluções contribuíram para a manutenção ou para a mudança de status da disciplina Francês na instituição. Os principais conceitos teóricos adotados nesse estudo são: Políticas Linguísticas (COOPER, 1997; CALVET, 2007; BEACCO, 2016; SOUZA, 2018), Políticas Linguísticas Educativas (BEACCO; BYRAM, 2007; SOUZA, 2018), Glotopolítica (GUESPIN; MARCELLESI, 1986) e Avaliação de Políticas Linguísticas (BLANCHET, 2009). A análise de documentos de âmbito institucional permite-nos identificar uma política de promoção de línguas própria ao CPII, caracterizada pela diversidade de idiomas oferecidos na grade curricular da instituição, a despeito da aparente desvalorização das LE nos documentos oficiais da educação nacional publicados nas últimas décadas. Percebemos a presença do Francês como disciplina obrigatória no currículo do CPII até o ano de 2016. A publicação da Portaria interna nº 222, em 2017, implicaria a mudança do status da disciplina, que passaria a ser optativa no currículo da instituição. Constatamos a atuação do CPII como importante agente na democratização do ensino de LE na rede pública de educação, promovendo o ensino de espanhol, francês e inglês em todos os campi de ensino fundamental e ensino médio da instituição, instalados em diversas regiões do estado do Rio de Janeiro