Francês e colégio Pedro II: um processo de construção de um campo disciplinar escolar de 1838 a 1945

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Dezerto, Felipe Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8150
Resumo: Nesta tese, é nosso propósito refletir sobre um percurso do processo de disciplinarização do francês no Brasil a partir dos programas nacionais de ensino do Colégio Pedro II. Para tais reflexões, nos situamos teoricamente no encontro da História das Ideias Linguísticas com a Análise do Discurso, tal como esse encontro vem sendo desenvolvido no Brasil, a partir dos trabalhos de Eni Orlandi, no projeto História das Ideias Linguísticas: conhecimento e política de línguas. Tomamos como recorte histórico três períodos do colégio Pedro II, primeira Escola de controle do Estado brasileiro: seu momento de fundação, a passagem para a República e a Era Vargas. Desses três momentos históricos, tomamos para análise i) o regulamento de fundação do Colégio Pedro II; ii) o primeiro programa nacional de ensino do colégio, o programa de 1850; iii) o programa nacional de 1892, primeiro programa da República e iv) o programa de 1942, programa da Era Vargas oriundo da grande reforma Capanema. Nessas análises, nos deparamos com o fato de que uma memória de ensino de língua estrangeira da França se atualiza no interior desse campo disciplinar pelas suas práticas pedagógicas no Colégio Pedro II, e naquilo que ele influencia as demais escolas brasileiras. O francês, língua de prestígio na Escola brasileira, na segunda metade do século XIX e na primeira do século XX, importa também as práticas pedagógicas de ensino de língua estrangeira na França, neste mesmo período. Essas análises nos levaram a um funcionamento dos saberes desse campo disciplinar como saberes que faltam ao cidadão brasileiro, ou seja, um lugar historicamente faltoso continua reverberando para significar o brasileiro escolarizável, que deve receber da Europa, nesse caso da França, o que lhe é necessário para ser civilizado pela Escola