Territorializar em busca do "viver melhor": as trajetórias dos povos do Alto Rio Negro em diferentes situações territoriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Damasco, Fernando Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34246
Resumo: Pesquisa de doutorado que se dedica a responder à questão geográfica configurada em torno das razões que explicariam o fato de que grupos indígenas distintos entre si, no âmbito de situações históricas e geográficas desfavoráveis, no intuito de superá-las ou mudá-las, conseguem elaborar “novos territórios” e estabelecê-los como ferramentas para a defesa de uma perspectiva compartilhada de futuro. Indaga-se, sobretudo, os significados e as expectativas atribuídos pelos indígenas ao processo de territorialização como estratégia para a mudança socioespacial. Utilizando como base empírica a trajetória dos povos do Alto Rio Negro, o trabalho destrincha as estratégias que permitiram a passagem de situações marcadas por diferentes práticas de governo em torno da tutela dos povos indígenas no sentido da formatação de novas formas de governo baseadas em uma proposta de autonomia elaborada pelo movimento indígena rionegrino, com foco na compreensão das circunstâncias envolvidas na produção de novos territórios em meio a situações adversas. Como tese, propõe-se que os processos de territorialização em contatos interétnicos se desenvolvem a partir de situações territoriais, isto é, a partir da situacionalidade estabelecida entre os sujeitos, o(s) seu(s) território(s) e as territorialidades dominantes que lhes são impostas, sempre refletida à luz de uma nova situação imaginada, pautada em processos de reterritorialização, isto é, na constituição de novos territórios ou da recomposição de relações territoriais violentamente rompidas, concebidos no âmbito de um projeto político de autonomia.