A geografia dos conflitos territoriais no semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dantas, José Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215651
Resumo: O conflito territorial é uma característica inerente ao processo histórico de formação territorial brasileiro. No semiárido do Brasil estes conflitos se manifestam sob diferentes características ao longo da história da região através da disputa territorial. Acreditamos que os conflitos territoriais no semiárido brasileiro são produtos das diversas formas de territorialização empreendidas pelos diferentes sujeitos posicionados em classes sociais distintas. Portanto, nesta tese buscamos identificar e analisar os conflitos territoriais existentes no semiárido brasileiro a partir da compreensão dos processos de disputa pelo território em suas diversas dimensões e por diferentes sujeitos com interesses antagônicos. Para isso, tentamos compreender os conflitos territoriais no semiárido ao longo de seus diversos períodos históricos, cada qual com sua estrutura social vigente, gerada no movimento da formação territorial. Nos apoiamos em bibliografias sobre a temática, fontes documentais, dados secundários e trabalhos de campo para refletir sobre o objeto desta pesquisa. Analisamos, desse modo, como os conflitos são reconfigurados em resposta às transformações ocorridas nos aspectos políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais da estrutura social da região em cada época. Acreditamos que as ações de violência praticadas pelas classes dominantes desde a invasão europeia aos territórios indígenas até o período atual de expansão capitalista se confrontam com as ações de resistência praticadas pelos diversos sujeitos pertencentes ao campesinato da região. Essas ações se traduzem nas diferentes formas de territorialização dos sujeitos e produzem os conflitos territoriais que estudamos, tendo como resultado final a materialização da territorialidade do sujeito ou grupo que se territorializa.