Determinantes de saúde e associação com transtornos menais comuns entre homens de cidade do interior do Estado de São Paulo - SP
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/23241 http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.13060231737 |
Resumo: | Introdução: os determinantes sociais de saúde são condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e morrem. O público masculino possui vulnerabilidades importantes que podem afetar seu processo saúde-doença. Nesse contexto, os transtornos mentais comuns (TMC) são grupo de distúrbios com sintomatologia difusa, precipitante de doenças mentais mais severas e com importante prevalência, pouco detectados e estudados. Objetivo: investigar aspectos relacionados a determinantes sociais de saúde e sua possível relação com TMC. Método: pesquisa epidemiológica observacional, seccional. A amostra composta de 370 homens, residentes em município do interior do estado de São Paulo. Foi utilizado questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas, contendo versão reduzida do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), Escala de Apoio Social (MOS-SSS) desenvolvida para o Medical Outcomes Study (MOS-SSS). Para análise dos dados, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences® 21. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina do Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense. Resultados: a prevalência global de suspeição para os TMC encontrada foi de 20%. Com a realização de análise bivariada, foi encontrada associação estatística para: desemprego (p=0,003); poucas refeições ao dia (p=0,000); consumir de industrializados (p=0,033); tabagismo (p=0,000); drogadição (p=0,000); uso de práticas integrativas e complementares em saúde (p=0,001); ter realizado alguma vez aferição de glicemia (p=0,011); ter poucos amigos (p=0,012); percepção de sono ruim (p=0,000); índice cintura quadril até 0,90 (p=0,042); ter baixo e moderada percepção de apoio social (p=0,000); dificuldades de ir aos serviços de saúde (p=0,049). Após aplicação de modelo de regressão logística múltipla binária, mantiveram associação para o desfecho: drogadição (RP= 2,91, IC95%=1,517-5,611); tabagismo (RP= 2,24, IC95%=1,244-4,067); realização de práticas integrativas (RP=2,311, IC95%=1,201-4,448); percepção de sono ruim (RP= 3,31, IC95%=1,866-5,882). Conclusão: a prevalência para o desfecho estudado foi inferior a de estudos realizados com amostras masculinas. Foram observadas vulnerabilidades como a baixa escolaridade, desemprego e renda baixa. Também foi observada pouca busca por hábitos de prevenção em saúde e autocuidado, sedentarismo, hábitos alimentares irregulares e busca pelos serviços de saúde para urgências. O discurso das políticas de saúde voltado ao público masculino deve ser efetivado no campo prático, com ênfase à promoção da saúde mental e reconhecimento dos transtornos mentais comuns como importante problema de saúde, no campo da saúde coletiva. |