Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thiago Lucas Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/29157
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Resumo: |
O estado do Rio de Janeiro foi, nos últimos anos, o espaço preferencial de instalação de vários projetos de desenvolvimento capitalista que tem transformado o território fluminense. No que tange ao espaço agrário, nos últimos dezesseis anos (2001-2017), o estado do Rio de Janeiro vem sendo palco da tentativa de expansão do plantio comercial de eucalipto (Pedlowski & Foeger 2004; Alentejano & Porto-Gonçalves, 2007; Silva, 2011; AGB, 2012 e Duarte, 2012), incentivado em grande parte pelas empresas do setor de papel e celulose, siderúrgicas e outras demandantes regionais de madeira. O discurso pró empresarial do governo estadual na gestão de Sérgio Cabral - Pezão (2003-2017), associado aos interesses de instituições como a FIRJAN, possibilitou por um tempo, um forte alinhamento ao contexto de expansão geográfica (Harvey, 2006) do agronegócio da madeira, incorporando o setor a uma agenda política de "desenvolvimento", considerado até então como estratégico para o governo do estado do Rio de Janeiro. Com isso, o projeto da silvicultura comercial, assim como os grandes projetos industriais que foram desenvolvidos no território fluminense na última década, foram apoiados, segundo o governo do estado, numa lógica capitalista de “interiorização dos investimentos”, que visava a promover o "desenvolvimento" (capitalista) regional do estado (Seplag, 2011), muito marcado por um desenvolvimento desigual (Smith, 1988). Apesar da aliança entre Estado, agronegócio e grandes grupos empresariais que visavam a promover a silvicultura comercial no Rio de Janeiro, houve ao longo desses anos avanços e recuos, promovidos ora por questões políticas ora por questões econômicas. O objetivo do presente trabalho foi discutir as formas/conteúdo de apropriação e produção do espaço (Smith, 1988; Harvey 2006) agrário fluminense a partir do cultivo comercial de eucalipto. Neste sentido, buscamos nesta tese de doutoramento dedicar uma atenção especial ao processo de reorganização espacial (Harvey, 2006) do rural nas regiões Médio Paraíba e Noroeste Fluminense com a introdução da silvicultura comercial. Para tanto, buscamos analisar os avanços e recuos políticos, institucionais e territoriais da silvicultura comercial a partir dos principais agentes sociais envolvidos na produção do espaço. Com isso, foi possível constatar em nossa pesquisa que houve avanços nos marcos regulatórios que visavam a facilitar o desenvolvimento do cultivo de eucalipto em larga escala no estado do Rio de Janeiro. No entanto, se o objetivo inicial era promover o espaço agrário fluminense, como um ambiente com "vocação natural" para a implantação e desenvolvimento em larga escala do cultivo comercial de eucalipto, seus agentes (Estado-agronegócio-grupos empresariais) encontraram dificuldades que inviabilizaram ao longo do espaço e do tempo a realização plena de seus objetivos |