Desenvolvimento de eucalipto e capim-marandu em Sistema Silvipastoril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gandini, Elizzandra Marta Martins
Orientador(a): Santos, José Barbosa dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/949dafa5-dfa5-47ba-bf54-2568f95b23fa
Resumo: O presente estudo tem o objetivo de quantificar o crescimento de árvores de eucalipto (híbrido E. urophylla x E. grandis) e a radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente em Sistema Silvipastoril (SSP), verificando o efeito do sombreamento sobre as plantas de capim-marandu (Brachiaria brizantha cv Marandu). A área experimental situa-se no município de CurveloMG, o sistema agrossilvipastoril foi implantando em local de pastagem degradada, inicialmente composto por três espécies – arbórea (eucalipto), agrícola (milho) e forrageira (capim-marandu), todas plantadas na mesma época. O capim-marandu foi avaliado em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 2 x 4 + 1, totalizando nove tratamentos com quatro repetições (blocos). O fator A - dois espaçamentos do cultivo do eucalipto – 12 x 2 e 12 x 3 metros, e fator B - quatro distâncias das forrageiras em relação as árvores – 1, 2, 4 e 6 metros. Após a colheita do milho, o sistema passou a ser silvipastoril. Antecedendo as quatro coletas foi realizado um corte de uniformização da forragem, permanecendo a área em período de descanso de cerca de 60 dias. A primeira avaliação e corte ocorreu em janeiro de 2016 e a última em julho de 2017, quando o sistema estava com 31 meses de implantação. As unidades experimentais dos tratamentos em consórcio possuíam 36 x 18 m, totalizando uma área de 648 m2, composta por quatro faixas de fileiras simples de eucalipto espaçadas a cada 12 m, intercaladas à espécie forrageira (SSP). As fileiras laterais de eucalipto foram utilizadas como bordadura. Para as parcelas em monocultivo do capimmarandu as dimensões foram de 36 x 10 m, totalizando uma área de 360 m2. As variáveis avaliadas foram: altura, DAP e volume m3ha-1 de madeira das árvores de eucalipto; RFA incidente sob o capim-marandu; pigmentos fotossintéticos, temperatura foliar, altura, massa de forragem, produção de matéria seca, densidade populacional de perfilhos, relação lâmina foliar/colmo, relação material fresco/material senescente, número de plantas m-2, matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, FDN, FDA, P e K das plantas de capim-marandu. Os espaçamentos de 12 x 2 e 12 x 3 m de cultivo do eucalipto implicam em redução da quantidade RFA incidente sobre o sub-bosque, assim como redução da produtividade da forragem, contudo, a composição químico-bromatológica do capim-marandu cultivado em SSP atende os parâmetros para obtenção de pasto de qualidade. Houve redução do teor de FDN e FDA, e aumento do teor de proteína bruta e minerais. Até os 31 meses de plantio, as árvores de eucalipto cultivadas nos dois espaçamentos pouco diferiram quanto altura e DAP, porém se o objetivo é facultar o crescimento do capim-marandu, recomenda-se o espaçamento 12 x 3 m, que propicia maior incidência da RFA. As alterações nas concentrações das variáveis analisadas sugerem adaptações ao sombreamento o que comprova o capim-marandu factível de ser utilizado em SSP nas condições ecológicas da região de Curvelo-MG.