Eduardo White e Fernando Pessoa: no olhar, uma metáfora da existência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Tostes, Paulo Roberto Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8187
Resumo: Esta tese propõe uma análise do olhar como uma metáfora da existência em Eduardo White e Fernando Pessoa, bem como da relação que ambos estabelecem com as paisagens que são (re) construídas, à medida que põem em movimento o ato de ver. Para esta hipótese, são analisadas as obras Livro do Desassossego (2003), os poemas de Álvaro de Campos – Obra Poética (1969), de Fernando Pessoa, e Janela para Oriente (1999), de Eduardo White, juntamente com a apresentação de outros textos desse último escritor. Vale destacar que a edição do Livro do Desassossego utilizada nesta tese é a que foi organizada por Richard Zenith, por conter os textos necessários à análise aqui empreendida. A partir disso, este trabalho se concentra na relação olhar-paisagem de Bernardo Soares – o protagonista-narrador do Livro do Desassossego – e no diálogo que sua escrita permite estabelecer com a paisagem ficcionalizada do sujeito lírico whiteano, de Janela para Oriente. Para esse diálogo, a base teórica está fundamentada na hermenêutica de Paul Ricoeur e na fenomenologia de Merleau-Ponty, uma vez que a composição estética das obras em questão aponta substancialmente para uma perspectiva existencial. Além disso, os caminhos históricos e culturais que tangenciam o contexto das relações entre Moçambique e Portugal trazem à tona uma reflexão bastante significativa sobre as tensões e confrontos que emergem da escrita do Livro do Desassossego e de Janela para Oriente. Esse embate, entre o passado e o trabalho de re-elaboração realizado pela escrita poética, redimensiona, assim, as leituras da história e da cultura que se refletem no processo de criação de Pessoa e White