Resumo: |
A crítica consagrou formas de observar a prática de gêneros literários no surgimento e desenvolvimento da literatura moçambicana: se, por um lado, tornou-se comum a percepção de que, durante o período colonial, esta literatura se consolida por meio de textos poéticos, por outro lado, tornou-se assente que, com a independência do país em 1975, a prosa passa a ser predominante, ao menos após a opção de expedientes romanescos no final da década de 1980. Esta tese se debruça a investigar porque a emancipação política e construção do Estado independente é um catalisador do fenômeno literário e em que medida a prática da poesia e a adoção de expedientes romanescos se relacionam com dinâmicas históricas e sociais que propiciam a emergência das articulações estéticas facultadas por essas opções genéricas. Tal dinâmica pode ser observada por meio da análise e interpretação histórica dos textos literários das coletâneas Poesia de combate (1977, 1979 e 1983) e da obra Ualalapi (1987), de Ungulani Ba Ka Khosa. |
---|