Cosmopolitas da mesma aldeia: um estudo sobre a formação e a consolidação do sistema literário moçambicano a partir da obra de quatro poetas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Meloni, Otavio Henrique Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8192
Resumo: Ao longo do século XX, foram muitas as mudanças sociais e políticas nas então colônias portuguesas em África. Neste cenário, a literatura encontrou espaço fértil para se consolidar não só como uma prática artística, mas também como manifestação política e social. Em nosso recorte selecionamos Moçambique para nossas análises por acreditarmos que os vários câmbios culturais que fazem parte da história local foram preponderantes para a construção de uma perspectiva literária diversa daquela que encotramos em outros espaços da língua portuguesa em África. Neste trabalho, portanto, analisaremos como a escrita, especificamente a poética, estabeleceu uma tradição literária no país, consolidando, assim, um sistema. Para tal, selecionamos dois autores do pré-independência, José Craveirinha e Rui Knopfli, para analisar duas diferentes matrizes da poesia moçambicana. Completando a proposta, buscaremos os diálogos e recuperações que dois autores contemporâneos realizam com os predecessores. Neste caso, selecionamos Luís Carlos Patraquim e Mia Couto e suas obras de estreia, respectivamente Monção (1980) e Raiz de orvalho (1983), para compreender como se consolida uma tradição literária por meio de uma rede de citações e referências internas e externas. A escolha destes contemporâneos se pautou na relevância de suas obras de estreia para a implementação de uma nova forma de pensar e produzir literatura naquele país. Utilizaremos como referencial teórico principal as ideias de Antônio Cândido com relação ao conceito de sistema literário, os conceitos de memória de Henri Bergson e Maurice Hallbwachs, a discussões sobre intertextualidade e leitura de Laurent Jenny e Antoine Compagnon. Sobre os autores, especificamente, trabalharemos com textos pontuais de críticos como Ana Mafalda Leite, Francisco Noa, Alfredo Margarido e Pires Laranjeira