Tolerância de genótipos de algodoeiros naturalmente coloridos ao estresse salino cumulativo.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28118 |
Resumo: | A escassez de água de boa qualidade é um fator limitante para a agricultura irrigada, principalmente em regiões áridas e semiáridas, sendo a utilização de águas com elevados teores de sais, na irrigação das culturas, uma alternativa a ser considerada. Nesse contexto, faz-se necessário identificar genótipos com potencial econômico, tolerantes ao estresse salino, além de estratégias adequadas de irrigação com águas salinas, visando a garantir a sustentabilidade do sistema de produção. Assim, objetivou-se avaliar a tolerância de genótipos de algodoeiro colorido ao estresse salino cumulativo, em diferentes estádios de desenvolvimento das plantas, bem como, a influência das condições de salinidade em que se formaram as sementes, em um novo ciclo de cultivo, sobre o crescimento e a produção das plantas delas oriundas. Dois experimentos foram realizados em casa de vegetação da UFCG, Campina Grande - PB, avaliando-se três genótipos de algodoeiros naturalmente coloridos (G1 - BRS Rubi; G2 - BRS Topázio e G3 - BRS Safira). No primeiro experimento, foram estudadas sete estratégias de manejo da salinidade, variando a qualidade da água aplicada em fases diferentes do ciclo das plantas. No segundo experimento, foram avaliados os efeitos do uso de água com alta salinidade (9 dS m-1), em alternância com água de baixa concentração de sais (0,8 dS m-1), na produção de plantas oriundas de sementes colhidas no primeiro experimento, submetidas a dez estratégias de manejo da salinidade, variando, também, a fase fenológica dos algodoeiros. O primeiro experimento constou de um esquema fatorial 3 x 7, com três plantas por parcela e três repetições, e fatorial 3 x 10 no segundo experimento, com três repetições, duas plantas por parcela, ambos em blocos casualizados. Foram avaliadas variáveis de crescimento, fisiológicas e de produção das plantas. Os dados foram submetidos ao teste de ‘F’ (p<0,05) e teste de agrupamento de médias, Scott-Knott (p<0,05), para o fator estratégias de manejo da irrigação e teste de Tukey, (p<0,05) para os genótipos de algodoeiro. As plantas dos genótipos estudados de algodão podem ser irrigadas com água salina (9 dS m-1) na fase vegetativa no primeiro ciclo, mas, em um novo ciclo, as plantas originadas de sementes produzidas sob condições salinas não podem ser irrigadas com água salina na fase vegetativa. As plantas que foram mais sensíveis à salinidade na fase de frutificação, no primeiro experimento, no segundo ciclo, as sementes colhidas dessas plantas originaram indivíduos mais tolerantes ao estresse salino, recuperando todos os índices dos parâmetros fisiológicos. As plantas se aclimataram à salinidade, pois quando se originaram de sementes formadas sob estresse salino, mesmo quando irrigadas com alta salinidade nas fases de floração e frutificação, mantiveram níveis altos de produção de capulhos e de qualidade das fibras. A aclimatação também se refletiu em altos índices dos parâmetros fisiológicos. O teor de óleo das sementes dos genótipos de algodão não foi afetado pelo estresse salino cumulativo em plantas oriundas de sementes formadas com água salinizada no ciclo anterior. |