Previsão da distribuição espacial dos casos de dengue no Estado de Alagoas a partir da precipitação obtida por modelos atmosféricos regionais.
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2050 |
Resumo: | Ao longo dos tempos tem-se registrado uma estreita relação entre as condições climáticas e sua interferência na saúde do homem. Sabe-se que existe uma ligação entre diferentes situações meteorológicas e o aparecimento de certas doenças como o dengue, que é uma doença virai de curta duração, gravidade variável, que ocorre nas áreas tropicais e subtropicais, onde há condições para o desenvolvimento do mosquito transmissor. O objetivo deste trabalho é estabelecer um sistema que permite prever a distribuição espacial de casos de dengue no Estado de Alagoas, para o qual, a previsão da precipitação sazonal é realizada com sucesso pelos modelos atmosféricos. Para a realização do modelo de previsão da distribuição espacial de casos de dengue foi feita uma regressão múltipla utilizando os totais mensais de precipitação observados no Estado de Alagoas, totais diários e mensais de casos notificados de dengue no estado e Valores mensais do índice de Oscilação Sul (IOS), Temperatura da Superfície do Mar (TSM) do Atlântico Norte e Sul, estes últimos extraídos da Climate Diagnostics Bulletin Near Real - Time analyses Ocean/Atmosphere, além dos dados descritos acima, tornou-se necessário à utilização de valores de precipitação prevista a partir da redução de escala de precipitação do modelo global ECHAM 4.5, para a escala regional através do modelo RSM {downscaling), posteriormente concluiu-se que a distribuição espacial da precipitação mensal e os casos de dengue previstos nas mesorregiões de Alagoas durante o período do estudo evidenciaram a relação existente entre essa variável meteorológica e esta doença que é transmitida por vetores que estão ligados às variações climáticas. Notou-se também que eventos extremos como La Nina, observado durante o ano de 2000, influenciam nos totais pluviométricos observados sobre o Nordeste Brasileiro como um todo, e indiretamente estão ligados na quantidade e distribuição dos casos notificados e previstos da doença. A previsão da precipitação utilizando o modelo RSM aproximou-se bastante aos valores observados sobre Alagoas durante o período de estudo, apenas em algumas localidades do Agreste e Sertão alagoano, percebeu-se uma sobre-estimação dos valores previstos. Com o intuito de analisar o erro cometido pelo modelo de previsão da distribuição espacial dos casos de dengue, foram calculados os erros cometidos na previsão utilizando-se para isso, o desvio médio previsto e observado dos casos de dengue. Concluiu-se também que o modelo utilizado para a previsão da distribuição espacial da dengue também se assemelhou a realidade observada nesta região, entretanto além das variáveis utilizadas para a elaboração da regressão múltipla, também seria conveniente a utilização de outras variáveis meteorológicas como temperatura e umidade relativa do ar para se alcançar uma melhor exatidão nas previsões futuras. |