Da tropicalidade às questões sociais: a dengue na cidade do Rio de Janeiro, RJ (2008 – 2016)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Neiva, Henderson da Silva lattes
Orientador(a): Salles, Cristiane Martins Cardoso de lattes
Banca de defesa: Cardoso, Cristiane, Monika, Richter, Wilson Flávio Feltrim, Roseghini
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13752
Resumo: Este trabalho tem como proposta analisar a relação entre o comportamento climático da cidade do Rio de Janeiro/RJ com a ocorrência de casos de dengue registrados a cada ano, no período de 2008 até 2016, para os bairros de Santa Cruz e Copacabana, localizados nas Zonas Oeste e Sul, respectivamente. No aspecto dos dados climáticos, a pesquisa toma como análise a temperatura e a pluviosidade realizando a correlação com os casos de dengue para o trimestre de maior concentração de notificações para cada ano estudado. No âmbito da escala social, foram analisados os dados de coleta de lixo, serviço de esgoto, abastecimento de água, densidade demográfica e a renda per capita. Assim, chegou-se a conclusão que durante a maior parte do período analisado, o outono foi a estação com a maior concentração de casos de dengue, havendo maior presença nos meses de março, abril e maio, evidenciando a influência dos elementos climáticos na sazonalidade da doença ao longo do ano. Foi identificado como favorável um limiar térmico mínimo de 21,51ºC, máximo de 31,01ºC e a média pluviométrica semanal de 26,71mm para Santa Cruz, já para Copacabana, o limiar térmico mínimo favorável foi de 22,81ºC, máximo de 28,08ºC e a média pluviométrica semanal foi de 39,16mm. Apesar de Copacabana possuir os melhores indicativos sociais, o bairro esteve por 5 anos, dos 9 analisados, com a incidência de dengue maior quando comparado com Santa Cruz. Deste modo, acredita-se que um dos motivos para tal notificação menor para Santa Cruz possa ser a subnotificação causada em bairros mais periféricos, pois em muitos casos a população quando adoecida não vai ao sistema de saúde obter ajuda, logo, não ocorre o registro para os casos, além da possível maior circulação de sorotipos do vírus da dengue em Copacabana por ser um bairro de grande circulação turística e, também, a maior densidade demográfica que Copacabana possui