Da ibéria ao sertão: reminiscências e resíduos ibero-medievais na epopeia paraibana de Ariano Suassuna.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ARAÚJO, Robson Victor da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2044
Resumo: A proposta deste estudo é refletir sobre “a persistência das reminiscências históricas nascidas no período medieval em solo sertanejo”. No curso da História, Literatura e Representação, vamos discutir “A Pedra do Reino e o Príncipe do Vai-e-Volta”, obra do escritor Ariano Suassuna, em um debate sobre os limites e usos da linguagem literária como recurso de discussão metodológica entre a História e a Literatura. Durante a pesquisa estaremos analisando essa obra literária. O que pretendemos problematizar são as formas de apropriação do que um dia pertenceu a Idade Média, alteradas e transformadas no percurso do tempo aplicado na obra desse escritor paraibano. O que analisamos é o modo como inúmeros desses elementos que figuram no Romance d’A Pedra do Reino possuem reminiscências medievais arraigadas na realidade sertaneja. Personagens da cultura popular, como os cantadores de viola, os cordelistas, os repentistas e os cangaceiros medievais, são figuras marcantes em seu texto, um homem do sertão construído por elementos medievais e sertanejos. Nos anos iniciais da década de 1960, a cidade do Recife vivia uma efervescência de movimentos sociais e o debate em torno da realidade nacional parecia uma nota permanente nas discussões de várias matrizes políticas e propostas culturais. Este trabalho aborda um pouco deste debate em diálogo com o itinerário utópico demarcado por Ariano Suassuna no seu romance Armorial. Neste, Suassuna navega por imagens como se o Brasil estivesse gravado numa grande fábula intertextual e atualiza um repertório de sonhos estabelecendo um tempo fabuloso do princípio, imaginando, como se fosse possível, uma ordem primordial, criando assim uma singularidade sonhada por tantos intelectuais brasileiros de tantas gerações.