“Heráldica da cultura popular”: Ariano Suassuna e a fabricação do movimento armorial (1950-1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Willians Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Piauí
Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Brasil
Programa de pós-graduação em história do Brasil (PPGHB-UFPI)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/710
Resumo: O presente estudo pretende analisar a construção histórica do Movimento Armorial, em Pernambuco, por meio do seu principal fundador e organizador, Ariano Suassuna, entre os anos de 1950 e 1970. Lançado em 18 de outubro de 1970, em Recife, o Movimento com expressões na arte, literatura, poesia e música, tentou realizar uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares. Com isso, a organização cultural propôs criar um alto padrão de literatura e arte, buscando uma beleza plena e de sentido nacional. Busca-se com a pesquisa compreender o Movimento Armorial enquanto invenção, posto que a organização estética foi fruto de discursos legitimados e engajamentos políticos, culturais e intelectuais de Ariano Suassuna. Uma análise histórica de suas participações no Teatro do Estudante de Pernambuco (TEP), no Teatro Popular do Nordeste (TPN), no Movimento de Cultura Popular (MCP), como Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco, e como membro do Conselho Federal de Cultura (CFC), serão imprescindíveis para entender como se deu as suas inclinações para salvaguardar a cultura popular nordestina e brasileira. Perceber a morte do pai de Ariano, João Suassuna, durante da Revolução de 1930, assim como estudar os embates travados entre Ariano Suassuna e seus antigos alunos de Estética também serão fundamentais para entender a fabricação Movimento Armorial. Por meio de fontes como entrevistas, jornais, revistas, boletins, atas, manifestos e dissertações de livre docência, com amparo na História Cultural e em conceitos como lugar social, práticas e representações e invenção, dos autores Michel de Certeau (2012), Roger Chartier (2004) e Durval Muniz (2011), respectivamente, e em categorias como a escrita de si, de Michel de Foucault, objetiva-se entender, a partir da trajetória político-artístico-cultural de Ariano Suassuna, como tal movimento emergiu historicamente e quais as condições históricas possibilitaram a sua fabricação.