Identificação de Dirofilaria immitis em cães do Sertão Paraibano e de microfilárias em lesão tumoral cutânea de um cão naturalmente infectado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: RODRIGUES, Ramon Tadeu Galvão Alves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25667
Resumo: A dirofilariose canina compreende uma parasitose ignorada em muitas regiões, apesar de ter apresentado modificações na sua epidemiologia nos últimos anos. Para melhor entender essas mudanças objetivou-se, com a realização desta pesquisa, identificar a presença da doença parasitária e determinar os principais aspectos epidemiológicos associados à infecção por D. immitis na cidade de Patos-PB, além da descrição da identificação incidental de microfilárias em uma lesão neoplásica de um cão assintomático para a infecção parasitária. Para tanto foram coletadas amostras de 120 cães nativos que foram analisadas pelos métodos de Knott modificado para pesquisa de microfilárias e imunocromatográfico para detecção de antígenos parasitários. Diante dos resultados obtidos foi possível aferir uma frequência de 4,17% de cães positivos em pelo menos um teste diagnóstico utilizado, sendo esses localizados nos bairros Jardim Magnólia, Noé Trajano, Alto da Tubiba e Novo Horizonte. Além disso, verificou-se que a maioria dos animais positivos era macho, acima de seis anos de idade, sem raça definida, de porte médio, que viviam em ambientes com pouca ou nenhuma realização de limpeza, criados de forma domiciliada ou semi-domiciliada e que não receberam vermífugos, ivermectina ou doxiciclina durante toda a vida. No relato de caso, um cão, macho, de seis anos de idade, nativo da região evidenciada, foi atendido com uma lesão tumoral ulcerada drenando secreção sanguinolenta profusamente, a qual durante exame citológico foi identificada como um tumor venéreo transmissível canino. Na mesma ferramenta diagnóstica foram detectadas formas amastigotas de Leishmania sp. e microfilárias de D. immitis em meio as células neoplásicas, sendo o animal assintomático para ambas as parasitoses, e, portanto, assumindo papel de reservatório no ciclo de transmissão das enfermidades. Desta forma, conclui-se que a cidade de Patos, localizada no sertão paraibano, possui animais infectados com parasitoses de grande importância para a saúde pública, evidenciando que tanto outros animais como os seres humanos da região estão expostos às infecções, sendo necessárias medidas de controle e profilaxia para se restringir o ciclo biológico dos vetores e, assim, a expansão das áreas de ocorrência das doenças.