Prevalência e técnicas de diagnóstico de Dirofilaria immitis em cães no Sertão Paraibano.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25731 |
Resumo: | Dirofilaria immitis é um parasito zoonótico que acomete principalmente cães domésticos, e canídeos silvestres e ocasionalmente, outros mamíferos como gatos domésticos e seres humanos. Essa dissertação é composta por dois capítulos em forma de artigos científicos. No capítulo 1 objetivou-se determinar a prevalência e fatores associados à infecção por D. immitis em cães na cidade de Sousa, semiárido da Paraíba. Foram selecionados e avaliados 320 cães, sendo 160 domiciliados e 160 errantes, provenientes de 32 bairros da cidade de Sousa. Realizou-se o exame clínico, coleta de sangue e dados epidemiológicos de cada animal. Para pesquisa de microfilárias, foram realizados três métodos: esfregaço sanguíneo capilar (ESC), periférico (ESP) e teste de Knott-modificado (KM), associado ao diagnóstico morfométrico das microfilárias. Obteve-se prevalência de 17,5% (56/320) animais positivos para D. immitis, sendo 71,43% (40/56) errantes e 28,57% (16/56) domiciliados. Dos 32 bairros avaliados, em 24 foram encontrados cães positivos, sendo Angelim e Doutor Zezé, os bairros com maior percentual 1,56% (5/320) cada. As categorias de alterações cardíacas (Odds ratio 6,231 [IC 1.539-25.236]) e cães errantes (Odds ratio 2,463 [IC 1.281-4.735]) demonstraram-se fatores de risco para infecção. Dos 56 animais positivos, 28 apresentaram positividade nos três testes, e outros 28 demonstraram variação entre métodos e/ou entre lâminas confeccionadas. Considerou-se que a região do Sertão Paraibano apresenta prevalência significativa de infecção por D. immitis, sendo necessário estabelecer formas de controle e profilaxia, para reduzir os riscos da transmissão para animais, como também para humanos. No capítulo 2 objetivou-se avaliar e comparar a eficiência e desempenho de testes parasitológicos, sorológico e molecular no diagnóstico de D. immitis no Sertão Paraibano, Nordeste do Brasil. Foram utilizados sangue total e soro de 140 cães provenientes do município de Sousa. Utilizou-se três técnicas parasitológicas microscópicas (TPM): ESC, ESP e KM, associado ao diagnóstico morfométrico das microfilárias. Para detecção de antígenos de D. immitis foi utilizado o teste rápido imunocromatográfico (TRI) da ALERE Dirofilariose AG Teste kit®, e a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) direta como método molecular. Para avaliação dos testes foi considerado a PCR como padrão ouro, sendo calculado valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Para verificação da concordância dos testes realizou-se o teste de Kappa (p≤0.05). Das 140 amostras analisadas 33,6% (48/140) apresentaram microfilárias, antígeno e/ou DNA parasitário. Deste total de amostras, 23,6% (33/140) foram positivas no ESC; 25,7% (36/140) no ESP; 29,3% (41/140) no KM; 30% (42/140) no TRI e 28,6% (40/100) na PCR. Todos os métodos apresentaram concordância quase perfeita com a PCR, alta sensibilidade (0.8 a 0.95), especificidade (0.94 a 0.99), valores estabelecidos com VPP (0,8571 a 0,9722) e VPN (0,9519 a 0,9797). Todas as técnicas apresentaram alta eficácia com concordância quase perfeita com PCR. Os ESC e ESP foram as técnicas com menor sensibilidade e maior especificidade. O KM foi considerado o teste maior sensibilidade e o TRI o de escolha para infecções ocultas. A PCR apresentou alta sensibilidade e especificidade em comparação aos demais testes, e melhor identificação da D. immitis. |