Da margem para o centro da aula: leituras e discussões sobre a representação feminina em contos de Maria Valéria Rezende.
| Ano de defesa: | 2014 |
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| Autor(a) principal: | |
| Orientador(a): | |
| Banca de defesa: | |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Tipo de acesso: | Acesso aberto |
| Idioma: | por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: | |
| Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27304 |
Resumo: | O estudo de Literatura, durante décadas, esteve restrito a historiografia, através da exposição cronológica das escolas literárias, autores, datas e características principais dos períodos literários. Entretanto, pesquisas têm revelado que esse tipo de ensino não surte efeito desejado quanto à formação de leitores críticos e autônomos. Em face do exposto, surge o desejo de agregar a linha de pesquisa da Pós-graduação em Linguagem e Ensino um trabalho que se dedique aos aspectos estéticos do texto bem como sua dimensão social, que parte primordialmente da leitura. Para isso elegemos dois contos de Maria Valéria Rezende: “O mundo visto do alto” e “O tempo em que Dona Eulália foi feliz”, como objeto de estudo. A partir da análise do corpus, buscamos responder a seguinte problemática: como ocorre a recepção dos contos por parte dos alunos e quais relações poderão ser construídas a partir de contos que tematizam a condição feminina e a realidade social que os circunda? Para tanto, a pesquisa objetivou analisar a recepção dos alunos do 2° ano do ensino médio no que diz respeito à representação feminina em contos da autora citada. Desta forma, os demais objetivos foram dedicados a conhecer parte da obra da escritora paraibana e sua localização cultural num contexto em que o cânone é constituído por escritores; ler o texto literário em sala de aula e a partir dessa leitura, estimular os alunos a construir uma significação para a obra; discutir com os colaboradores acerca das identidades femininas e das práticas sociais que as envolvem; observar e refletir que caminhos os alunos construíram para expressar essa temática. A coleta de dados se deu por meio do registro de áudio, das anotações da pesquisadora no decorrer da intervenção, entrevistas não diretivas com o ex-professor da turma, questionários de pesquisa e um grupo no facebook, no qual ficaram registrados fotos e uma encenação filmada pelos alunos. Os pressupostos teóricos norteadores dessa pesquisa estão fundamentados em três vertentes: a primeira ligada ao estudo de gêneros; a segunda destinada a compreender a recepção do texto literário e a terceira, relacionada ao ensino de literatura. Deste modo, o estudo de gênero se deu a partir de Butler (2010), Holanda (2003), Falci (2002), Perrot (2013) e Duarte(2003). Quanto à recepção do texto literário, as principais bases teóricas foram Jauss (1994), Iser (1996) e a metodologia estético-recepcional proposta por Aguiar e Bordini (1988).Para isso, utilizamos a estratégia de compartilhamento de leitura, sugerida por Colomer (2007) e a mediação de leitura tal qual como trata Petit (2008). Quanto ao ensino, buscamos os documentos: Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM, 2006) e Referenciais Curriculares para o Ensino Médio da Paraíba (2006), bem como a perspectiva de letramento literário e sistematização da leitura proposta por Cosson (2006). Os resultados da pesquisa revelam que abordar a literatura a partir da leitura do texto literário se traduz como uma tarefa que desperta a fruição estética e contribui para a formação de um letramento que se pretenda literário. Foi através da leitura, discussões, debates e produções textuais que os alunos vivenciarem a experiência estética. |