Técnicas para controle e prevenção da intoxicação em ruminantes por plantas que contém monofluoroacetato de sódio.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CABRAL, Danielle Aluska do Nascimento Pessoa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25559
Resumo: As plantas que contém monofluoroacetato de sódio (MFA) causam insuficiência cardíaca aguda em ruminantes, que geralmente está associada ao exercício físico. O controle desse tipo de intoxicação baseado na colocação de cercas em áreas infestadas por essas plantas, no uso de herbicidas e na remoção das mesmas, na maioria das vezes apresenta sucesso limitado. Com o objetivo de estudar e desenvolver novas técnicas de controle e prevenção das intoxicações em ruminantes por plantas que contém MFA, esta tese é composta por três capítulos. No capítulo I, foi realizada uma revisão bibliográfica com as novas técnicas que podem ser utilizadas para ajudar no controle e prevenção das intoxicações em ruminantes por plantas que contém MFA. No capítulo II, foi avaliada se a resistência à intoxicação por Amorimia septentrionalis em caprinos, obtida pela administração de bactérias degradadoras de MFA (Ralstonia sp., Burkolderia sp., Paenibacillus sp. e Cupriavidus sp.), persistia em condições de campo. Observou-se que os caprinos que receberam as bactérias foram capazes de ingerir a planta, a campo, por até 55 dias consecutivos sem apresentar sinais clínicos de intoxicação ou morte, já os caprinos controles ingeriram a planta por um período de 25 dias até o desenvolvimento de sinais clínicos de intoxicação ou morte. Esses resultados sugerem a necessidade de que para manter a proteção contra a intoxicação por plantas que contem MFA é necessário administrar as bactérias que hidrolisam esse composto de modo contínuo, provavelmente na forma de probióticos. No capítulo III, avaliou-se a capacidade de Herbaspirillum seropedicae, bactéria capaz de degradar diversos compostos tóxicos, induzir resistência à intoxicação por A. septentrionalis em caprinos e de degradar o MFA presente em A. septentrionalis. Constatou-se que os caprinos que receberam a bactéria foram capazes de ingerir uma quantidade maior de planta e consequentemente de MFA, e demoraram mais dias para desenvolver sinais clínicos de intoxicação, quando comparados com os caprinos que não receberam a bactéria. Pode-se constatar também que quando H. seropedicae é colocada na superfície de A. septentrionalis é capaz de reduzir significativamente os índices de MFA na planta. Tanto que oito dias após a pulverização com a bactéria a quantidade de MFA nas plantas reduziu de 1,21±0,53 μg/mg para 0,24±0,05 μg/mg. Pode-se concluir que existem novas técnicas que experimentalmente foram eficientes no controle e prevenção das intoxicações em ruminantes por plantas que contém MFA, no entanto, a maioria delas apresentam limitações para aplicação em propriedades comerciais, principalmente em propriedades com um grande número de animais. E novos experimentos devem ser realizados para estudar a possibilidade da utilização de bactérias endofíticas, que degradam MFA, na diminuição da toxidade de plantas que contém esse composto.