Intoxicação por plantas que contêm nitratos em ruminantes no Nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SIMÕES, João Gonçalves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25646
Resumo: Objetivou-se com esse estudo investigar intoxicações por nitrato/nitrito na Paraíba e Pernambuco. No primeiro Capítulo, relatam-se históricos de surtos de intoxicação por Portulaca oleracea em caprinos e ovinos nos Estados de Pernambuco e Paraíba. Foi desenvolvido um modelo de reprodução experimental da intoxicação e comprovada que a toxicose é causada pelas altas concentrações de nitratos presentes na planta. Verificou-se a presença de nitratos em amostras da planta de diversos locais dos Estados de Pernambuco e Paraíba através do teste da difenilamina. No segundo Capítulo, são apresentados dois surtos de intoxicação por nitrato e nitrito em bovinos na Paraíba, Nordeste do Brasil. O primeiro por Pennisetum purpureum (capim elefante) e o segundo por Pennisetum purpureum e Brachiaria sp (capim braquiária) que ocorreram durante o período de seca prolongada. No primeiro a utilização de águas residuais contribuiu de forma decisiva para o acúmulo de nitratos. No segundo vários fatores de riscos entre eles antrópicos como fertilização de adubos químicos, herbicidas, queimadas e fenômenos naturais já que as capineiras estavam plantadas no leito do açude que estava submerso por muito tempo e área que possuía alta quantidade de matéria orgânica. Os sinais clínicos se caracterizaram por dispneia, cianose na mucosa ocular, oral e vaginal, ataxia e quedas que evoluíam ao óbito. A presença de nitrato foi detectada nos dois surtos por meio do teste da difenilamina. Os testes quantitativos foram realizados no segundo surto por meio de medidor portátil de nitratos onde se verificou alta quantidade de nitratos nas amostras analisadas. Os achados macroscópicos característicos, ausência de lesões microscópicas e a resposta ao tratamento com azul de metileno também foram decisivos para determinação de intoxicação por nitrato e nitrito. Conclui-se que o risco de ocorrência de intoxicações por nitratos e nitritos no Nordeste é frequente, já que existe ocorrência de fatores de risco para o acúmulo de nitratos nas plantas e que o aparelho portátil é uma excelente alternativa para quantificação de nitratos nas pastagens suspeitas.