Germinação e crescimento inicial da mamoeira irrigada com águas salinas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: CAVALCANTI, Mário Luiz Farias.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10869
Resumo: A mamoneira por ser uma planta com capacidade de produzir satisfatoriamente bem sob condições de baixa precipitação pluviométrica e uma alternativa de grande importância para o semi-árido brasileiro. Nesta região, a cultura mesmo tendo sua produtividade afetada, tem sido resistente ao clima adverso quando se verificam perdas totais em outras culturas, constituindo, dessa forma, numa das poucas alternativas de trabalho e de renda para o agricultor da região. Embora seja cultura tolerante a seca, atualmente tem sido estimulado o cultivo da mamoneira sob condições irrigadas, uma vez que, em muitas situações, a irrigação e a unica maneira de garantir a produção agrícola com segurança, principalmente em regiões tropicais de clima quente e seco, como e o caso do semi-árido do Nordeste brasileiro. Sem um manejo adequado da irrigação, a salinização do solo pode se tornar inevitável, pois a maior parte das águas disponíveis a irrigação contem teores elevados de sais, sendo frequentemente encontrados valores da ordem de 0,2 a 5,0 dS m-1. Por se tratar de uma especie naturalmente vigorosa e de fácil propagação, poucos são os cuidados dispensados no manejo da mamoneira. Todavia, a carência de informações a respeito dos efeitos da-salinidade nas diferentes fases fenológicas e sobre o rendimento da cultura, justificou-se o presente trabalho que se propôs a estudar o uso de água salina no cultivo de mamoneira BRS 149 - Nordestina, nas fases de germinação e crescimento inicial. O trabalho foi realizado na casa de vegetação do 4 Departamento de Engenharia Agrícola no Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande, no período de julho a setembro de 2003 e procurou estudar a viabilidade de utilização das águas de qualidade inferior no cultivo da mamona. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, consistindo da combinação de cinco níveis de salinidade da água de irrigação (Ni=0,7; N2=l,7; N3=2,7; N4=3,7 e Ns=4,7 dS m-1) e cinco proporções entre Na:Ca (PIi=9,5:0,5; PI2=7,5:2,5; PI3=5,0:5,0; PI4=2,5:7,5; e PI5=0,5:9,5). Fatorialmente combinados resultam em 25 tratamentos, com três repetições, estendendo-se o experimento por 80 dias. A salinidade nao influenciou as variáveis porcentagem de germinação, fitomassa das raízes, razão de área foliar e eficiência quântica do fotossistema II. O numero de folhas, altura de planta, área foliar, diâmetro do caule, fitomassa da parte aérea, fitomassa da parte aérea durante o ciclo e consumo de água pela planta tiveram um decréscimo linear com aumento da condutividade elétrica da água de irrigação. A relação raiz/parte aérea e tensão da água retida em folhas aumentaram linearmente quando submetidos ao estresse salino. A altura de planta e fitomassa da parte aérea também foram influenciadas positivamente com a diminuição do Na e aumento do Ca na água de irrigação.