Estrese salino na germinação, produção de mudas e produção de arroz irrigado (Oryza sativa L.).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: RODRIGUES, Luis Nery.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2486
Resumo: Dois experimentos foram instalados na área experimental do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande-PB. O primeiro Experimento foi conduzido sob condições de casa de vegetação com o objetivo de estudar os efeitos deletérios da salinidade da água de irrigação sobre a germinação e vigor de plântulas da cultivar de arroz 'Formoso' {Oryza saliva L.). O segundo Experimento foi realizado em rizotrons sob proteção de cobertura plástica com o objetivo de avaliar o crescimento, desenvolvimento e produção da cultivar. A cultura foi semeada em copos descartáveis contendo 314 g de substrato (3 partes de solo e 1 parte de húmus de minhoca). No Experimento I, a germinação e vigor foram estudados adotando-se um delineamento inteiramente casualizado com 5 níveis de salinidade da água de irrigação (Ni-0,50, N22,50, N3-4,50, N4-6,50 e Ns-8,50 dS m'1) e 5 repetições. A cultivar mostrou-se tolerante à salinidade na fase de germinação, atingindo níveis de germinação superior a 87 % (14 dias após semeadura - 14 DAS) sob todos os tratamentos. Para o vigor de plântulas foi adotado um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2 com 5 repetições; os níveis de salinidade foram os mesmos e o vigor foi avaliado em 2 épocas (Ei - 8 DAS, E2 13 DAS). O vigor foi avaliado através das variáveis, índice de velocidade de emergência, taxa de crescimento absoluto e taxa de crescimento relativo da parte aérea e das raízes, altura de plântula, comprimento radicular, peso da matéria seca das raízes e da parte aérea e relação raiz parte aérea. A maior parte das sementes germinou aos 4 DAS e as taxas de crescimento e de crescimento relativo da parte aérea foram maiores em comparação às raízes. O Experimento U foi conduzido em 30 rizotrons de drenagem contendo 22 kg de solo devidamente adubado e corrigida devido a acidez. As plântulas foram transplantadas aos 18 DAS; as parcelas eram irrigadas diariamente com uma lâmina de 57 mm. Adotou-se um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2 com 3 repetições. Foram utilizados 5 níveis de salinidade da água (Ni-1,00, N2-2,00, N3-3,00, N4-4,00 e N55,00 dS m"1 ) e, 2 tipos de plântulas (Mo - mudas produzidas sem estresse salino, irrigadas com CEai igual a 0,50 dS m"1 e Mi - mudas produzidas sob condições de estresse salino, irrigadas com CEai de 8,50 dS m"1 ). Neste experimento, avaliou-se a duração dos estádios fenológicos, altura de plantas, matéria seca das raízes e da parte aérea, relação raiz parte aérea, número de perfílhos e de panículas, componentes da panícula, peso de 100 grãos, rendimento de grãos, evapotranspiração real e crescimento radicular. A salinidade da água de irrigação retardou a duração do período vegetativo e o ciclo fenológico. O estádio de floração teve a duração encurtada com o incremento da salinidade, entretanto o período de enchimento efetivo de grãos não sofreu alteração. O aumento do nível salino da água de irrigação induziu redução significativa no crescimento dos dois tipos de mudas. A altura de planta, o peso da matéria seca das raízes e da parte aérea, número de perfilhos e panículas, componentes da panícula (grãos cheios e chochos, comprimento, densidade, número de ramificações e peso seco), peso de 100 grãos, rendimento de grãos e a taxa de evapotranspiração real foram reduzidos com o aumento da concentração salina. O fator tipo de muda (M0 e Mi) não teve influência sobre o rendimento de grãos e peso de 100 grãos; as plantas originadas de mudas produzidas em condições de estresse salino (Mi) apresentaram taxa de evapotranspiração real significativamente menor e maior eficiência de utilização de água. Portanto, é vantajoso usar água de baixa qualidade (água salina) para produção de mudas de arroz.