Ecofisiologia e produção de fitomassa do mamoeiro cultivado sob irrigação com águas salinizadas e adubação orgânica.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28056 |
Resumo: | O mamoeiro (Carica papaya L.) tem grande importância sócioeconômica, devido ao seu potencial de uso na indústria têxtil, farmacêutica, de alimentos, de cosméticos e na medicina, sendo cultivado em quase todos os países do mundo. É uma cultura considerada sensível à salinidade, e tendo em vista a existência de problemas relacionados à presença de sais no solo, bem como de águas salinas nas áreas de produção, torna-se importante à adoção de tecnologias que viabilizem o seu cultivo. Uma alternativa para amenizar os impactos negativos da salinidade pode ser a adição de matéria orgânica no solo, com intuito de melhorar as características físicas, químicas e biológicas, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento das plantas. Assim, objetivou-se com esta pesquisa avaliar a tolerância do mamoeiro à irrigação com águas salinizadas e o efeito da adubação orgânica, como amenizador do efeito dos sais. A pesquisa foi desenvolvida nas instalações do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar – CCTA da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Campus Pombal, Paraíba, onde foram estudados dois fatores: ‘Salinidade’ (0,6; 1,2; 1,8; 2,4 e 3,0 dS m-1); e ‘Adubação Orgânica’ (dois níveis - 10 e 20 Litros de esterco bovino por planta). Fatorialmente combinados resultaram em dez tratamentos, organizados num delineamento em blocos ao acaso, com três repetições, constituindo 30 parcelas experimentais, sendo cada parcela composta por duas plantas de mamoeiro do grupo Formosa, cultivadas em vasos com capacidade de 150 Litros. Foram avaliadas variáveis de crescimento, fisiologia e características do solo. Os dados obtidos foram avaliados mediante análise de variância (teste F até 5% de significância) e regressões polinomiais (linear e quadrática). Para o fator qualitativo, adubação orgânica, foi empregado o teste de comparação de médias (Tukey, p<0,05) nos casos de significância pelo teste ‘F’, usando-se o software SISVAR 4.0. Verificou-se que o aumento da salinidade da água de irrigação prejudicou o crescimento do mamoeiro, principalmente no número de folhas, diminuindo de 14 para 9, quando se aumentou a CE de 0,6 para 3,0 dS m-1. Quanto à produção de fitomassa, constatou-se que o aumento de esterco bovino atenua os efeitos degenerativos da salinidade, com exceção da fitomassa do pecíolo e da folha, reduzindo 58 e 49%, indicando sensibilidade dessas variáveis ao excesso de sais. Quanto à fisiologia, pôde-se concluir que as trocas gasosas do mamoeiro são extremamente alteradas pela salinidade, sendo os efeitos negativos mais evidentes com o aumento no período de estresse. Por outro lado, os parâmetros de fluorescência da clorofila a, teor de clorofila e carotenóides, danos celulares e teor relativo de água não foram influenciados pelos fatores avaliados. Conclui-se ainda que, a CE do extrato de saturação do solo aumenta linearmente com o aumento da CE das águas de irrigação, elevando a PST ao ponto de tornar o solo salino-sódico, sendo necessário adotar medidas de manejo e controle, mesmo no nível mais baixo de salinidade (0,6 dS m-1). |