Influência do tipo de arquitetura do dossel na absorção de radiação solar, na produtividade e na quantidade do fruto da mangueira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: ESPÍNOLA SOBRINHO, José.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9407
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida em Mossoró-RN em 2001/2002 e teve como objetivo encontrar alternativas para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade da manga Tommy Atkins, com base na influencia da arquitetura do dossel vegetativo, radiação solar e temperatura do ar. Para estudar a penetração de radiação solar nos dosséis, utilizou-se 30 arvores com aberturas de copa diferentes. Foram instalados sensores que efetuaram medidas de radiação global, infravermelha e fotossinteticamente ativa (PAR) incidente no topo e na base dos dosséis, bem como a radiação refletida no topo, alem da temperatura do ar próximo aos frutos. A obtenção de dados foi feita utilizando-se sistemas automáticos de coleta de dados, com aquisição a cada segundo. Nas colheitas, a copa de cada uma das arvores foi subdividida em quadrantes e os frutos colhidos separadamente. Os frutos foram armazenados em câmara fria para analise da coloração, SST, ATT e pH a zero, 24 e 31 dias pós-colheita. Os albedos máximos foram registrados nas arquiteturas poda 2V, 19,7% e piramide 19,2%. As arquiteturas testemunha, podas V e 4V não apresentaram diferença significativa de albedo, e o cálice foi a que menos refletiu. A quantidade de radiação que atingiu a base do dossel variou significantemente dependendo da arquitetura da copa das arvores, de 22,0% na testemunha a 65,0% no cálice. A radiação de onda curta incidente na base da arquitetura cálice foi três vezes a que chegou na base da testemunha. A radiação infravermelha incidente no topo, foi em media, cerca de 48,2% da radiação de onda curta, ao passo que a refletida variou de 28,9% na poda 4V a 34,0% na piramide. Enquanto a testemunha deixou passar apenas 43,9% da radiação infravermelha incidente no topo, as podas V, cálice e 2V deixaram passar: 79,4%; 74,3% e 70,3%, respectivamente. Os valores de PAR diário atingiram de 7,0 a 12,0 MJ.m^.d"1, representando cerca de 47% da radiação de onda curta incidente, quase toda absorvida pelos dosséis. A arquitetura cálice apresentou a maior transmitância de PAR (38,2%), e as menores foram observadas na poda 4V, piramide e testemunha. A radiação ultravioleta diária variou entre 0,8 e 1,2 MJ.m"2 d"1, correspondendo, em media, a 4,9% da radiação de onda curta incidente. A máxima transmitância de UV ocorreu na poda 2V (90,1%) e a minima na poda 4V (4,9%). Houve uma boa correlação entre a radiação de onda curta incidente (Rg) e o saldo de radiação (Q*). A temperatura em torno dos frutos foi sempre maior que a temperatura do ar, cerca de 1°C, com a testemunha apresentando valores praticamente iguais aos do ar, enquanto o cálice registrou At médio de 2 °C acima. As podas 4V e V apresentaram as maiores produtividades, cerca de 16 ton/ha, superando a media regional em 23%. Todas as arquiteturas testadas superaram a testemunha, que produziu apenas 9,5 ton/ha, 27% menos que a produtividade media da região. Os quadrantes mais produtivos foram SW e NE. A testemunha apresentou o maior índice de queda natural dos frutos, 34,5%, enquanto o cálice apresentou a maior perda por colapso interno (87,0%). As podas 4V e piramide produziram aproximadamente 48% de frutos para exportação, e a testemunha 38%. A analise pós colheita mostrou que para todas as arquiteturas houve aumento no SST e pH ao longo do período de armazenamento dos frutos. O ATT médio teve acentuada redução do dia zero para o 31° dia de armazenamento dos frutos, em todas as arquiteturas. Não houve efeito significativo dos tipos de arquitetura e quadrantes nos valores de SST, ATT e pH, nem tampouco da interação entre os dois fatores. O tratamento mais eficiente no desenvolvimento da coloração interna e externa dos frutos foi o quadrante NW da arquitetura poda V.