Fatores associados ao presenteísmo em trabalhadores da indústria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pie, Ana Clara Souza
Orientador(a): Fernandes, Rita de Cássia Pereira
Banca de defesa: Carvalho, Fernando Martins, Souza, Norma Suely Souto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31585
Resumo: O presenteísmo pode ser definido como estar no trabalho mesmo percebendo limitações que podem reduzir a capacidade laborativa. As limitações se expressam pelo sofrimento psíquico ou físico, comprometendo a saúde dentro e fora do trabalho. Objetivo: O presente estudo estimou a prevalência do presenteísmo e sua associação com características sociodemográficas, de estilos de vida, aspectos relacionais e condições gerais de saúde em trabalhadores da indústria. Métodos: Realizou-se um estudo epidemiológico de corte transversal com dados secundários de 2.093 trabalhadores da indústria. O desfecho foi categorizado como sem presenteísmo, presenteísmo baixo e alto. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, análise bruta e ajustada pelo Modelo de Poisson com variância robusta. Resultados: As variáveis associadas ao presenteísmo baixo foram: faixa etária até 30 anos (RP=1,32), escolaridade superior (RP=1,43), presença de dores e desconforto com duração de até sete dias e oito ou mais dias (RP=1,76 e 1,75, respectivamente) e qualidade do sono ruim (RP=1,17). Para o desfecho presenteísmo alto, as variáveis associadas foram faixa etária (RP=2,05), dores e desconforto com duração de até sete dias e oito ou mais (RP=5,24 e 10,94, respectivamente), estresse (RP=1,80) e sentimentos negativos em relação à vida (RP=1,83). Conclusão: Nesta população, ser mais jovem do que 30 anos, ter mais alta escolaridade, apresentar dor, dormir mal, sentir-se estressado e experimentar sentimentos negativos em relação à vida se associaram a maiores prevalências de presenteísmo. O presenteísmo pode evoluir para piora progressiva da saúde do trabalhador, portanto, identificá-lo precocemente e promover intervenções para reduzir seus determinantes é um desafio posto às organizações. 7