Trabalho bancário e fatores associados ao presenteísmo e ao absenteísmo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sasaki, Simone Fabiane da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-16122013-131236/
Resumo: Introdução. Trabalhar doente é importante fator de risco para a saúde e preditor de absenteísmo por doença. No longo prazo, medidas de gestão de pessoas que objetivam reduzir as faltas por doença podem incentivar o presenteísmo. Além disso, a relação existente entre o presenteísmo e o absenteísmo por doença indica que reservar um tempo para se afastar do trabalho com o intuito de se tratar de um adoecimento pode ser considerada atitude de promoção de saúde. Objetivo. A presente pesquisa teve como objetivo estudar a relação entre presenteísmo e absenteísmo por doença em bancários. Procedimentos metodológicos. Os instrumentos de coleta de dados foram: entrevistas individuais semiestruturadas, questionário para a obtenção dos dados sociodemográficos, condições de saúde, estilo de vida, condições de trabalho e Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Realizou-se a descrição e a análise de relatos de escriturários brasileiros sobre o trabalho bancário e os fatores relacionados ao tema. Para avaliação dos relatos obtidos com as entrevistas utilizou-se uma técnica de análise de conteúdo denominada Análise Temática. Os dados obtidos com o questionário foram analisados por estatística descritiva. Participaram do estudo treze escriturários que trabalham em agência bancária atendendo o público e quinze escriturários de departamentos internos do mesmo banco, com idade entre 28 anos e 64 anos, que trabalhavam pelo menos há um ano na empresa, em diferentes setores do departamento interno e em diferentes agências, com jornada semanal de trinta horas cada um. Resultados. Os resultados apontam que ocorre o presenteísmo entre os trabalhadores escriturários do banco pesquisado. A falta de funcionários apresentou-se como fator que favorece tanto o absenteísmo por doença quanto o presenteísmo entre os funcionários de agência. Políticas da empresa referentes a carreira, avaliação de desempenho e subdimensionamento de funcionários prevaleceram na decisão de ir ao trabalho mesmo estando doente. Conclusões. A pretensão de progredir na carreira foi preponderante entre os trabalhadores do departamento interno, o medo de ser mal avaliados foi apontado como motivo para ir trabalhar mesmo estando doente, revelando uma cultura do presenteísmo, em que a falta é evitada em um contexto de forte competição e a assiduidade transmite imagem positiva ou tem influência decisiva. Entre os funcionários de agência, prevaleceu a falta de funcionários como o principal motivo de comparecer ao trabalho mesmo doente. Políticas de gestão de promoção à saúde devem ser reformuladas no sentido de prevenir os desfechos negativos associados ao presenteísmo e absenteísmo por doença entre trabalhadores bancários brasileiros