Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cruz, José Eduardo Barreto |
Orientador(a): |
Gonçalves, Neyde Maria Santos |
Banca de defesa: |
Barreto, Florisneide Rodrigues,
Jesus, Emanuel Fernando Reis de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19770
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Resumo: |
Este trabalho teve como objeto de análise a vulnerabilidade socioambiental da cidade de Salvador – Ba à infestação do Aedes aegypti, mosquito-vetor da Dengue – uma das mais importantes enfermidades urbanas do mundo tropical, na atualidade. A modificação do habitat natural deste mosquito, ao longo do tempo, em decorrência do processo de uma urbanização, longe de ser caracterizada como racional e planejada, e da fragilidade dos equipamentos de infraestrutura urbana, provocou sua adaptação à vida das cidades, sobretudo nos países em desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi investigar o problema da infestação pelo Aedes aegypti e localizar seus tipos de criadouros preferenciais na cidade, durante o período de 2006 a 2009, por um viés geográfico, em que pesam os elementos climáticos – a pluviosidade, a umidade e a temperatura – e as condições socioeconômicas – de educação, de renda e saneamento básico. No âmbito teórico-metodológico, optou-se pelo modelo proposto por Mendonça (2004), buscando entender a cidade em sua totalidade, isto é, de forma integrada, onde os problemas socioambientais urbanos ressaltam como resultado das relações sociedade-natureza. Foram utilizados dados meteorológicos, socioeconômicos e entomológicos, estes últimos referentes ao índice de Infestação Predial pelo Mosquito Aedes aegypti (IIP) por Distrito Sanitário- DS. O tratamento estatístico dos dados foi realizado a partir de softwares Excel. Os resultados indicaram que as condições climáticas juntamente com os grandes problemas socioambientais urbanos, de forma indissociável, são os responsáveis pelo alto índice de infestação em Salvador, em especial no período de outonoinverno, de maior intensidade de chuva e umidade na cidade. O DS Subúrbio Ferroviário, uma das áreas mais carentes da cidade, foi durante todo trabalho o de maior IIP, todos seus estratos se configuraram em área de alto risco de epidemia. Os tipos de criadouros preferenciais na cidade foram o A2 (depósito ao nível do solo para armazenamento doméstico) com 58,3%, B (Depósitos móveis) com 33,3% e o tipo D2 (depósitos passíveis de remoção) com 8,4%. Concluiu-se que diante desta situação, pensar em um controle do mosquito e consequentemente da doença é, ainda, algo muito distante da realidade atual de Salvador, caso a cidade não seja pensada em sua totalidade, de forma integrada e conjuntiva em que o clima e as condições socioeconômicas formem um elo importante nas análises e, posteriormente, nas ações, uma vez que o mosquito, não é, com efeito, a causa única e exclusiva da doença. |