Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mulumba, Issa
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Orientador(a): |
Moniz, Elias Alfama Vaz
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Banca de defesa: |
Silva, Jamile B.,
Santos, Acácio Sidinei Almeida,
Oliveira, Eduardo David de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37411
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Resumo: |
Este estudo parte de um caráter etnográfico com o objetivo de investigar e compreender a relação entre a apropriação cultural, blackfishing e a agência afrocêntrica a partir da análise de mídias socias em duas comunidades do Facebook, buscando o entendimento de como os espaços digitais estão vinculados a desdobramentos da apropriação, o quanto a tecnologia pode contribuir para reforço e potencialização de formas já conhecidas do racismo, bem como qual a qualidade da agência afrocêntrica dentro desse cenário digital. Para tanto, buscamos a relevância do blackfishing a partir dos dados fornecidos pelo Google Trends e, posteriormente adentramos em dois grupos do Facebook, onde podemos desenvolver no trabalho de campo a coleta de publicações envolvendo a apropriação cultural e blackfishing e também a realização de entrevistas com os membros a partir de um grupo focal de oito pessoas. A bibliografia utilizada para apoiar este estudo buscou de modo interdisciplinar contribuir a partir do paradigma da afrocentricidade com outras áreas relacionadas a tecnologia e relações étnico-raciais no campo digital, bem como podemos direcionar o nosso olhar para os usuários que utilizam as mídias sociais para a construção de espaços racializados. Como resultado podemos refletir que as comunidades negras investigadas entendem o blackfishing como um desdobramento da apropriação cultural e que a mesma já é amplamente conhecida pelos afro-brasileiros, ainda que a o conhecimento da prática tenha sido difundido a partir de uma palavra norteamericana. Concluímos que, em termos de agência afrocêntrica, podemos notar um processo de desagenciações das pessoas negras também em espaços online, a partir do Estado e da mídia tradicional, no que identificamos como uma qualidade de agência fraca, e que os veículos mais tradicionais de mídia se debruçam pouco sobre a produção de conhecimento afro-brasileira sobre esses temas que já existem com profundidade na sociedade brasileira. |