Afrocentricidade, educação e poder: uma crítica afrocêntrica ao eurocentrismo no pensamento educacional brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Benedicto, Ricardo Matheus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29032017-161243/
Resumo: Esta tese tem por objetivo contribuir para uma melhor compreensão do papel do eurocentrismo no pensamento educacional brasileiro. Para tanto orientado pela filosofia afrocêntrica de Abdias do Nascimento, Molefi Kete Asante, Marimba Ani e pelos trabalhos de Cheikh Anta Diop, Asa Hilliard, Carter G. Woodson e Wade Nobles realizamos uma crítica afrocentrada do pensamento educacional de Rui Barbosa, José Veríssimo, Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Paulo Freire e Darcy Ribeiro bem como dos modelos educacionais defendidos e implementados por estes importantes pensadores da educação do país. Para reforçar esta crítica, este trabalho avalia a maneira pela qual a intelectualidade afro-brasileira compreendeu e reagiu aos sistemas de educação desenvolvidos por aqueles intelectuais. Nossa análise também mostrou que o modelo eurocêntrico de educação implantado no país tem como um de seus principais objetivos manter o poder e a hegemonia branca europeia. Em uma sociedade orientada e organizada pela ideologia da supremacia branca os não brancos descendentes de africanos e indígenas não têm poder, e desse modo, como conclusão deste trabalho, argumentamos que somente um modelo educacional quilombista (afrocentrado) é capaz de oferecer uma educação que atenda de modo satisfatório às necessidades dos afro-brasileiros.