A influência do tamanho do eletrodo e da espessura da dobra cutânea no pico de torque isométrico de quadríceps e no desconforto sensorial durante a eletroestimulação neuromucular em indivíduos saudáveis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fontana, Priscila Meireles Calil lattes
Orientador(a): Santos, Cleber Luz
Banca de defesa: Santos, Cleber Luz, Silva, Cássio Magalhães da Silva e, Trippo, Karen Valadares, Domingos, Laisa Liane Paineiras
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação (PPGREAB)
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Reabilitação e Saúde (IMRS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39982
Resumo: Introdução: A eletroestimulação neuromuscular (EENM) é utilizada na reabilitação para promover ganho de força muscular e prevenir atrofias. Alguns fatores podem influenciar na transmissão da corrente elétrica e consequentemente na geração do pico de torque isométrico evocado (PTIE), como a espessura da dobra cutânea (EDC), o tamanho do eletrodo e o desconforto percebido durante a aplicação da terapia. Esses fatores podem afetar a eficácia da EENM e comprometer resultados de reabilitação. Objetivo: Investigar a influência do tamanho do eletrodo e da espessura da dobra cutânea sobre o pico de torque isométrico evocado de quadríceps e no desconforto sensorial de indivíduos saudáveis durante a EENM. Métodos: Caracteriza-se como um estudo observacional, analítico e longitudinal. Foram avaliados 40 indivíduos, de ambos os sexos, recrutados na Universidade Federal da Bahia e selecionados por meio não probabilístico de conveniência através de convite e dos meios de comunicação. Foram excluídos da pesquisa os indivíduos que possuíam registro prévio de cirurgias ou lesões no membro a ser avaliado, que estivessem fazendo uso de medicamentos que pudessem interferir nos testes; tais como analgésicos, tranquilizantes, antidepressivos ou outros agentes de ação central. Também não poderiam ter alergia a látex e esparadrapo. O histórico médico foi autorrelatado. A coleta de dados foi realizada em três dias distintos, cada dia com um tamanho de eletrodo (P = 2x5cm, M = 5x5cm, G = 9x5cm) previamente sorteado por cada participante. Foi realizado um aquecimento das fibras musculares de três minutos com a EENM, seguido do início do protocolo. A mensuração do pico de torque isométrico evocado pela EENM foi feita através de um dinamômetro isocinético. Resultados: O PTIE pela EENM no grupo de EDC menor (16.8 ± 5.49) e EDC maior (39.0 ± 8.57), utilizando os três tamanhos de eletrodos, apresentaram diferença significativa (p < 0.009; p < 0.022, respectivamente), entretanto, na comparação do PTIE pela EENM entre os eletrodos M e G, não houve diferença significativa (p = 0.734). Já no grupo de EDC maior (39.0 ± 8.57), as múltiplas comparações evidenciaram diferença significativa entre todos os tamanhos de eletrodos durante a EENM: P e M (p < 0.001), P e G (p < 0.001), M e G (p < 0.006). Em relação à influência da EDC, de todos os participantes do estudo, sobre o PTIE nos três tamanhos de eletrodos, houve uma correlação negativa em todos os tamanhos de eletrodos utilizados durante a EENM, P,M e G respectivamente (r = - 0.466 e p = 0.002; r = -0.488 e p = 0.001; r = - 0.338 e p = 0.033), indicando que, quanto maior a EDC, menor o PTIE. A dor percebida durante a EENM não mostrou associação com a espessura da dobra cutânea nos 2 grupos (EDC menor e maior), nos 3 tamanhos de eletrodos (p = 0.620; p = 0.952; e p = 0.824 respectivamente). Conclusão: A espessura da dobra cutânea influenciou negativamente no PTIE de quadríceps, porém não houve uma associação com o desconforto sensorial percebido. E quanto ao tamanho do eletrodo utilizado durante a EENM, há uma necessidade da avaliação da medida da EDC a fim de eleger o melhor tamanho para melhorar a eficiência da terapia.