A razão isquiotibiais : quadríceps expressa em pico de torque e taxa de produção de torque em atletas profissionais de futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vescia, Filipe Veeck dos Santos
Orientador(a): Pinto, Ronei Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/230371
Resumo: Controvérsias têm sido relatadas recentemente na literatura sobre o uso da razão isquiotibiais: quadríceps (I:Q), baseada no pico de torque (PT), como uma abordagem para predizer o risco de lesões em membros inferiores. Por outro lado, esses estudos desconsideram o efeito da fadiga muscular na razão I:Q. Além disso, o PT é alcançado em ≥ 300 ms, enquanto as ações relacionadas ao futebol são < 200 ms. Nesse sentido, a taxa de produção de torque (TPT), que é derivada das inclinações da curva torque-tempo durante as contrações explosivas, poderia ser mais ecológica. Porém, estudos que avaliaram a razão I:Q pelo PT e TPT com e sem a presença de fadiga têm relatado divergências nos métodos de avaliação. Assim, o objetivo deste estudo foi (i) avaliar a extensão e flexão do joelho por PT e TPT, bem como suas razões I:Q antes e depois de um protocolo de fadiga isocinética (ou seja, 30 repetições a 300º. s -1 ), avaliado em 30° e 70°; (ii) examinar as correlações entre as mudanças na razão I:Q pelo PT e TPT, bem como o PT e TPT para extensão e flexão do joelho após o protocolo de fadiga, avaliado em 30° e 70°. Trinta e quatro jogadores profissionais de futebol (idade 25,5 ± 4,3 anos; altura 179,5 ± 8,5 cm; massa corporal 78,5 ± 10,2 kg) de clubes sul-brasileiros realizaram uma contração isométrica máxima de extensão e flexão de joelho a 30° e 70° de flexão de joelho, antes e depois de um protocolo de fadiga usando um dinamômetro isocinético para obter PT e TPT. Ao final do protocolo de fadiga, o torque de extensão do joelho foi reduzido em 45,2 N.m (IC 95%: -50,5 a -40,0) e o torque de flexão do joelho foi reduzido em 30,7 N .m (IC 95%: -36,5 a -24,9). Não houve diferença significativa nas mudanças de extensão do joelho em comparação à flexão do joelho durante o protocolo de fadiga. Diminuições significativas induzidas por fadiga na extensão e flexão do joelho PT, TPT0-50 e TPT100-200 a 30° e 70° ocorreram, enquanto as razões I:Q pelo PT, TPT0-50 e TPT100-200 não foram significativamente afetados pelo protocolo de fadiga isocinética. Esses resultados mostraram que as razões I:Q pelo PT, TPT0-50 e TPT100-200 são afetados de forma diferente pelo ângulo de avaliação, mas não pela fadiga, porque a extensão e a flexão do joelho mostraram uma redução semelhante após o protocolo de fadiga isocinética. Finalmente, nenhuma correlação foi observada entre as mudanças na razão I:Q pelo PT e TPT0-50 em 30° e 70°. Dessa forma, a fadiga induzida pelo dinamômetro isocinético afeta de forma diferenciada o desequilíbrio da força muscular dependendo da variável neuromuscular escolhida.