Efeitos da inibição farmacológica de MuRF1 em associação a eletroestimulação neuromuscular na massa e força do músculo esquelético.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Maria Rita de Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-05022024-134049/
Resumo: O estímulo mecânico é essencial para a manutenção da saúde muscular, sendo oferecido principalmente por meio da realização de exercícios físicos, em particular através dos resistidos. Entretanto em alguns quadros clínicos a realização dessas atividades é comprometida, sendo necessária a aplicação de tratamentos auxiliares para mitigar a perda de massa muscular como é o caso da estimulação elétrica neuromuscular (NMES). Na ausência desses estímulos ocorre o processo de perda de massa muscular, orquestrado principalmente por enzimas ligadoras de ubiquitina (conhecidas como E3-ligases) como é o caso da MuRF1. A pequena molécula inibidora de MuRF1, MyoMed-205, emergiu como uma nova estratégia farmacológica capaz de atenuar o processo de atrofia muscular e manter a função contrátil desse tecido, em modelos notadamente conhecidos por promover a perda de massa. O presente trabalho se propôs a investigar uma outra linha: o MyoMed-205 como uma estratégia farmacológica para a promoção do ganho de massa muscular e força. Inicialmente investigamos se haveria um efeito aditivo na hipertrofia e força promovida pela NMES associando-a com a utilização do MyoMed-205. Entretanto nossos dados apontam que a utilização do MyoMed-205 por si só (portanto, sem a associação com a NMES), gera o aumento de aproximadamente 20% da área de secção transversal (AST) das fibras musculares dos músculos tibial anterior e sóleo. Além disso detectamos um incremento de aproximadamente 40% no número de mionúcleos das fibras musculares do tibial anterior e uma elevação de 40% na carga máxima relativa nos indivíduos tratados com MyoMed-205. Esses dados demonstram que não há um efeito aditivo da utilização da pequena molécula em associação com a NMES. Na segunda etapa do trabalho buscamos caracterizar o efeito da pequena molécula na hipertrofia e prevalência de diferentes tipos de fibra muscular (MHC I e MHC II) e na proliferação de células satélite (Pax7 e MyoD). A utilização do MyoMed-205 gerou o aumento de 28% na AST de fibras MHC I e 12% em fibras MHC II, sem alterações relativas à prevalência desses dois tipos de fibra. Já em relação a quantidade de mionúcleos positivos para Pax7 e MyoD, observamos que indivíduos tratados com MyoMed-205 apresentaram um aumento, respectivamente, de 66% e 92% dessas populações de células satélite. A partir desses dados concluímos que a pequena molécula inibidora de MuRF1 per se é capaz de promover a hipertrofia, observada pelo aumento da AST tanto de fibras MHC I quando MHC II, aumento da quantidade de células satélite e força.