Estudos da funcionalidade de pessoas idosas durante a transição hospital-domicílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Amorim, Renata Farias lattes
Orientador(a): Pedreira, Larissa Chaves lattes
Banca de defesa: Ferraz, Daniel Dominguez lattes, Coelho, Ana Carla Carvalho lattes, Gomes, Nildete Pereira lattes, Pedreira, Larissa Chaves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40513
Resumo: O estudo objetivou comparar a funcionalidade de pessoas idosas antes, durante e dois meses após hospitalização. Trata-se de uma pesquisa observacional, do tipo coorte, vinculada a pesquisa matriz “Cuidado transicional Hospital–domicílio a pessoas adultas e idosas”. Foi realizada nas enfermarias de um Hospital Universitário e no domicílio das pessoas idosas que necessitavam do auxílio de cuidadores/ familiares, após a alta hospitalar. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024 em três etapas, sendo as duas primeiras durante a internação e a terceira no segundo mês após alta hospitalar. Foram avaliadas pessoas hospitalizadas quanto à funcionalidade considerando: mobilidade em quatro momentos (M0 a M3), independência funcional, atividade e participação social em dois momentos (M0 e M3): antes (M0), durante (M1 e M2) e dois meses após a alta (M3). A comparação entre os momentos da mobilidade utilizou o teste de Fridman. Para a independência funcional, atividade e participação social, utilizou-se o teste de Wilcoxon. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer nº 5.754.122 de 1/11/2022. Foram incluídas 61 pessoas idosas com idade média de 69,57 anos, 50,8 % do sexo feminino, admitidas por problemas cardiovasculares e neurológicos (64%). Concluíram o acompanhamento, dois meses após a alta, 23 participantes. Da casuística, 27,9% perderam a mobilidade entre M0 e M2 e 13 % entre M2 e M3 (P= 0,00), 26,1% perderam a independência funcional entre M0 e M3 (P= 0,60) e 35,1% perderam a atividade e participação social (P= 0,59) entre M0 e M3, foi considerado o intervalo de confiança de 95%. A hospitalização pode causar danos à funcionalidade de pessoas idosas no Brasil. O estado funcional deve ser monitorado durante a internação e após a alta. A pesquisa contribui para compreensão do declínio funcional nesta população, alertando profissionais de saúde, especialmente os fisioterapeutas para o desenvolvimento de ações de manutenção e recuperação da funcionalidade da pessoa idosa. Alertar ainda sobre a necessidade de fortalecer a rede de assistência a saúde no SUS com serviços de reabilitação, para melhorar o acesso tão escasso dessa população a terapias restaurativas após a hospitalização.