Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Milanesi, Tatiana Carpes |
Orientador(a): |
Sbruzzi, Graciele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270419
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Resumo: |
Introdução: O aumento da expectativa de vida na população idosa tem levado ao aumento da ocorrência de doenças relacionadas ao envelhecimento, resultando na necessidade de atendimento emergencial para essa faixa etária. No entanto, este ambiente não é propício para a manutenção da independência funcional dos idosos. Essa circunstância pode ter um impacto negativo nos desfechos clínicos, incluindo ocorrência de delirium, reinternação e mortalidade. Objetivo: Avaliar a capacidade preditiva da funcionalidade e da mobilidade nos desfechos clínicos em idosos acima de 75 anos internados em uma unidade de emergência. Metodologia: Este estudo é uma coorte retrospectiva que incluiu pacientes com 75 anos ou mais internados em uma unidade de emergência, que tiveram a funcionalidade avaliada pela Escala de Katz e a mobilidade pelo Índice de Manchester, no período de setembro de 2020 à agosto de 2021. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foi utilizado o teste de Shapiro Wilk para avaliar a normalidade dos dados, e para comparação foram utilizados os testes tstudent, Mann Whitney, qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. A correlação de Spearmann foi utilizada para avaliar a associação entre as variáveis, a curva Roc para determinação de ponto de corte e a regressão de Poisson para predição. Resultados: Foram incluídos 352 pacientes, com média de idade de 82,7 ± 5,6 anos, sendo 57,4% do sexo feminino. Observou-se que 20,2% dos pacientes apresentou delirium durante a internação, 36,6% eram completamente dependente para Atividades de Vida Diária (AVD) e 36,4% tinham baixa mobilidade. Quanto aos desfechos, 77,8% receberam alta hospitalar, enquanto 17% evoluíram para óbito. Os pacientes que reinternaram apresentaram melhores níveis de funcionalidade e mobilidade (p=0,008 e 0,004, respectivamente), os que apresentaram delirium e que foram a óbito tinham piores níveis de funcionalidade e mobilidade (p<0,001). Também foi observado que o maior tempo de internação hospitalar está associado à piores níveis de funcionalidade (p=0,04) e melhores níveis de mobilidade estão associados com menor tempo de internação (p=0,015). No entanto, tempo de internação na emergência e o Índice de Comorbidade de Charlson não estão associados com estas variáveis. O ponto de corte na escala Katz para determinar chance de óbito para funcionalidade foi >4 e para mobilidade através do Índice de Manchester foi <3. A análise da predição revelou que, o aumento de 1 ponto no escore de funcionalidade resultou em um aumento de 42% na probabilidade de óbito. Da mesma forma, para a mobilidade, cada aumento de 1 ponto no escore correspondeu a uma redução de 33% na probabilidade de óbito. Conclusão: A funcionalidade e a mobilidade avaliadas em idosos internados em uma emergência apresentaram capacidade de predição para probabilidade de óbito, estão relacionados com delirium e óbito, além de estarem associados com o tempo de internação hospitalar. |