Instrumentos de avaliação da capacidade funcional aplicados em pacientes hospitalizados com COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Ana Carolina Otoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1685
Resumo: Introdução: Em dezembro de 2019, a COVID-19 foi reconhecida em Wuhan. Aproximadamente 15% dos indivíduos evoluem para hospitalização e 5% necessitam de cuidados na unidade de terapia intensiva, causando complicações devido ao período prolongado de hospitalização e prejuízos na capacidade funcional. A utilização de instrumentos para mensurar o declínio funcional tem o intuito de otimizar as ações e planos terapêuticos para que sejam iniciados o mais precoce e individualizado possível. Objetivos: Identificar os principais instrumentos de avaliação da capacidade funcional utilizados pelos fisioterapeutas em pacientes com COVID-19 internados em enfermaria e UTI, bem como avaliar a associação entre as características dos respondentes e o uso desses instrumentos. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo, do tipo questionário on-line, respondido por fisioterapeutas que atendiam pacientes hospitalizados com COVID-19 no Brasil. O tratamento estatístico utilizado foi descritivo, o teste de qui-quadrado e a análise de regressão logística binária. Resultados: Um total de 485 fisioterapeutas concluíram o questionário. Os instrumentos de avaliação funcional mais relatados na enfermaria foram o Medical Research Council (59,6%) e o teste de caminhada de 6 minutos (21,7%). Na UTI os mais citados foram o Medical Research Council (63,9%) e a Intensive Care Mobility Scale (33,1%). Na enfermaria, ter realizado capacitação sobre a COVID-19 (OR: 2,310; IC: 1,477 - 5,283), jornada de trabalho acima de 50 horas semanais (OR: 2,149; IC: 1,069 - 4,321), e ser do sexo masculino (OR: 2,690; IC: 1,071 - 6,760) estão associados a maior probabilidade de aplicar os instrumentos funcionais. Na UTI, os fisioterapeutas que se atualizaram sobre a COVID-19 (OR: 2,793; IC: 1,477 - 5,283) e aqueles que desempenharam suas atividades laborais em hospitais vinculados a universidade (OR: 1,783; IC: 1,020 -3,118), apresentaram maiores chances de utilizar os instrumentos de mensuração funcional. Conclusão: A maioria dos fisioterapeutas entrevistados utilizam instrumentos de avaliação funcional para avaliar indivíduos com COVID-19 hospitalizados em enfermarias e UTI. Além disso, a maior parte desses profissionais avaliam mais de um componente físico e empregam os resultados dos instrumentos de avaliação funcional para traçar o plano fisioterapêutico nesta população.