Seleção de habitat baseada em pistas quimiossensoriais em filhotes de Tartarugas Cabeçudas (Caretta caretta Linnaeus, 1758)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Gabriel Soeiro Alexandrino lattes
Orientador(a): Leduc, Antoine lattes
Banca de defesa: Leduc, Antoine lattes, Araújo, Cristiano Venícius de Matos lattes, Santos, Matilde Maria Moreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia:TAV(antigo Programa de Pós em Ecologia e Biomonitoramento) 
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35585
Resumo: Após eclodirem em ambiente terrestre, as tartarugas marinhas precisam alcançar o habitat marinho. Entretanto, como os filhotes se orientam para encontrar habitats adequados para desenvolvimento, estes que podem variar entre as espécies, ainda se configura como uma lacuna. Apesar das tartarugas adultas apresentarem habilidades quimiossensoriais para orientação em ambiente marinho, é possível que esse mecanismo seja a base da primeira migração de filhotes pós-eclosão. Entretanto, a quimiorrecepção é frequentemente prejudicada pela poluição química. Por exemplo, os filhotes que atraversam as águas costeiras podem encontrar aguas poluídas (química ou biologicamente) como resultado das atividades humanas (e.g., esgotamento doméstico urbano). Em uma espécie de tartaruga marinha (Caretta caretta), determinamos i) o papel da quimiorrecepção na escolha do habitat marinho (costeiro e oceânico), e ii) se a poluição química costeira interfere nesse mecanismo sensorial. Usando um tanque “Y”, que possibilita apresentar dois fluxos de água distintos concomitantes, as tartarugas estiveram livres para nadar em ambos os fluxos por um período total de 10 minutos. No primeiro experimento, os filhotes permaneceram quase 70% do tempo na água oceânica. No segundo experimento, quando os filhotes tiveram que escolher entre água costeira e água poluída (coletada em uma praia com escoamento doméstico), não houve preferência pelo fluxo de água costeira ou costeira poluída. Contudo, essas evidências demostram o papel da quimiorrecepção na seleção de habitat e a falta de reconhecimento de condições potencialmente prejudiciais (poluição) o que poderia comprometer a aptidão, por exemplo, causando maior mortalidade por contaminação.