Variação temporal da composição genética de tartarugas cabeçudas (Caretta caretta, Linnaeus 1758) encalhadas no litoral sul do Brasil
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5881 |
Resumo: | A tartaruga marinha cabeçuda, Caretta caretta (Linnaeus, 1758), no Brasil, é a mais abundante das tartarugas, em relação ao número de desovas, apresentando alto grau de filopatria e há evidências de que se utilize de correntes marinhas quentes para empreender longas migrações. Ainda há poucos registros de suas áreas de alimentação, porém a Elevação do Rio Grande (ERG) é postuladamente um dos principais locais de alimentação de cabeçudas na costa brasileira. O presente estudo teve como objetivos caracterizar geneticamente, com base na Região Controle Mitocondrial, as tartarugas da espécie Caretta caretta do litoral sul do Rio Grande do Sul, vítimas de encalhe entre os anos 2004 e 2007. Também foi avaliada a variação na composição genética ao longo dos anos e a origem dos indivíduos amostrados foi identificada em relação a sua área de desova por comparação com haplótipos já descritos na literatura. Dentre as 58 sequências obtidas, foram encontrados oito haplótipos, submetidas a análises filogenéticas pelos métodos de Máxima Verossimilhança (ML, do inglês Maximum Likelihood) e por Agrupamento de Vizinhos (NJ, do inglês Neighbor-Joining). Foi possível verificar que um dos haplótipos (LO) pertence, na verdade, a linhagem da tartaruga oliva, Lepidochelys olivacea (Eschscholtz, 1829), tendo sido removida das análises subsequentes por se suspeitar de um caso de hibridização entre C. caretta e L. olivacea, o que já é registrado na literatura. Dos demais haplótipos, três agruparam com os haplótipos CC-A2.1, CC-A4.1 e CC-A4.2 , já conhecidos segundo o Archie Carr Center for Sea Turtle Research (ACCSTR), enquanto que os quatro restantes não apresentaram identidade com nenhum outro já previamente estabelecido, sendo considerados como novos (X1, X2, X3 e X4). A estimativa de diferenciação genética baseada na diversidade nucleotídica, mostrou que não existe diferença significativa entre os anos analisados (X2 = 17,627; GL = 18; p = 0,4805). Por meio de redes de haplótipos foi feita a comparação entre fragmentos de 800 e 380 pares de base (pb), tendo sido os primeiros muito mais informativos para análises populacionais, mostrando um número maior de polimorfismos. Porém, para a identificação da origem dos indivíduos, somente foi possível utilizar os haplótipos de 380 pb, visto que a informação sobre o fragmento maior ainda é escassa. Três procedências foram observadas para os indivíduos amostrados, comparando-os com haplótipos já definidos no ACCSTR: 91,37% do Brasil, 3,45% do Atlântico Norte e 3,45% do Pacífico. Concluiu-se que a região da Elevação do Rio Grande além de apresentar uma grande ocorrência de indivíduos de origem brasileira, apresentou diversos haplótipos novos, cujas áreas de desova não são conhecidas, ressaltando assim a importância da conservação, também das áreas de alimentação. A presença de indivíduos do Atlântico Norte e do Pacífico suporta a utilização de correntes marinhas quentes para migrações de longa |