Efeito da proteína hidrolisada de frango sobre a digestibilidade, fermentação intestinal e marcadores da função renal e cardíaca de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Luna Analia Teixeira Amorim dos lattes
Orientador(a): Loureiro, Bruna Agy
Banca de defesa: Loureiro, Bruna Agy, Vasconcellos, Ricardo Souza, Ribeiro, Érico de Mello
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40153
Resumo: A proteína hidrolisada de frango (PHF) tem sido utilizada como ingrediente funcional em pet food, visto que possui proteínas com menor peso molecular, alta digestibilidade e peptídeos com propriedade anti-hipertensiva, capazes de inibir a atividade da enzima conversora de angiotensina (ECA). Esta pesquisa envolveu 2 estudos. O primeiro estudo teve como objetivo avaliar a inclusão de 10% de PHF na dieta de cães em substituição à farinha de vísceras de aves convencional (FVC), na digestibilidade dos nutrientes e efeito do consumo à longo prazo na atividade sérica da ECA, concentração de aldosterona e no funcionamento dos sistemas cardiovascular e renal. Foram utilizadas duas dietas (PHF e FVC), 8 cães por dieta e avaliação durante 120 dias. As digestibilidades da matéria seca, matéria orgânica, extrato etéreo, proteína bruta, extrativo não nitrogenado, fibra bruta e energia metabolizável foram determinadas pelo método de coleta total de fezes sem coleta de urina. Nos dias 0, 60 e 120 de consumo foram realizadas coletas de sangue e urina para avaliação da ECA, aldosterona e função renal; e realizados ecocardiograma e eletrocardiograma. O segundo estudo constituiu um teste de eficácia da PHF em inibir a ECA, aplicando protocolo em 5 cães saudáveis com sistema renina- angiotensina-aldosterona (SRAA) farmacologicamente ativado por furosemida, com duração de 32 dias. Dados foram avaliados por ANOVA utilizando SigmaPlot v.12.0 a 5% de probabilidade. Como resultados do primeiro estudo, a digestibilidade dos nutrientes e energia metabolizável foram semelhantes entre os tratamentos FVC e PHF (p>0,05). Não houve efeito das dietas sobre os parâmetros cardíacos avaliados (p>0.05). Verificou-se efeito de tempo, mas não de dieta, para ECA, aldosterona, creatinina e potássio séricos e excreção fracionada de sódio e potássio, contudo os valores permaneceram dentro do intervalo de referência. A relação aldosterona:creatinina urinária (UAldo/cr) não foi alterada ao longo do tempo. Como resultado do segundo estudo, a PHF na inclusão de 10% não foi capaz de manter a inibição da ECA em cães com SRAA ativado. A inclusão de 10% de PHF em dietas extrusadas para cães e seu consumo durante 120 dias não promoveu efeitos adversos nos sistemas renal e cardiovascular ou na digestibilidade dos nutrientes, além de não promover alterações no SRAA e na saúde geral dos cães.