Avaliação dos efeitos da proteína de frango hidrolisada por processo enzimático na pressão arterial e microbiota retal de felinos idosos e obesos: um modelo para hipertensão humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Príncipe, Leonardo de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16052024-134808/
Resumo: A hipertensão arterial (HA) é uma doença multifatorial caracterizada pela elevação crônica da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) prejudicial ao organismo. A obesidade e o envelhecimento estão associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O tratamento da HA baseia-se no uso de medicamentos que inibem os componentes do sistema renina-angiotensina-aldosterona e objetiva controlar o risco de hipertensão através da redução da pressão arterial (PA), prevenir intercorrências cardiovasculares e diminuir a mortalidade. Porém, a adaptabilidade do organismo frente a estes medicamentos pode desencadear um quadro de resistência. Desta maneira, alternativas não farmacológicas são almejadas para auxiliar no controle da PA. Neste cenário, os peptídeos bioativos surgem como moléculas multifuncionais empregadas no tratamento de diversas doenças, entre elas, a HA. Uma vez que, determinados peptídeos possuem a capacidade de inibir a enzima conversora de angiotensina I (ECA I), e consequentemente, reduzir as concentrações de aldosterona (ALD). Além disso, possuem influência na manutenção da eubiose, diminuição da disbiose e HA, por meio da diminuição do estresse oxidativo e inflamação. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da inclusão de 12,00% de farinha de vísceras de frango hidrolisada enzimaticamente (FVHE-c) na dieta de gatos idosos e obesos, como modelo experimental para hipertensão humana. Foram selecionados 16 gatos, machos e fêmeas, SRD, idosos e obesos, clinicamente saudáveis. Os animais foram divididos em dois grupos: Grupo controle [(GC), alimentados com farinha de vísceras de frango processada de forma convencional (FVA-c)] e grupo experimental [(GE), alimentados com dieta formulada com FVHE-c]. Todos os animais foram alimentados por 30 dias (T0) com uma dieta de padronização e depois por 45 dias (T45) com uma dieta controle (DC) ou experimental (DE). Foram determinados os valores da PAS, concentrações séricas de aldosterona (ALD), teste da atividade da enzima conversora de angiotensina I (ECA I) e microbiota retal. Todos os resultados foram avaliados com base na investigação dos efeitos individuais e associados à dieta em teste. Os dados obtidos foram analisados por meio do software computacional Statistical Analysis System (SAS, versão 9.4) e valores de P <0,05 foram considerados significativos. As correlações entre microbiota e demais variáveis foram realizadas com o procedimento PROC CORR e valores de P <0,05 foram considerados significativos. Não foram observadas diferenças nos valores clínicos de PAS, concentrações séricas de ALD e no teste de atividade da ECA I. Foi observado efeito principal de tratamento (T0 x T45) para os 8 filos (Actinobacteria, Bacteroidetes, Campylobacterota, Cyanobacteria, Desulfobacterota, Firmicutes, Fusobacteria e Proteobacteria), 30 famílias e 12 gêneros principais para gatos. A inclusão de 12,00% de FVHE-c não foi eficiente em reduzir aos valores da PAS clínica, concentrações séricas de ALD e da atividade da ECA I. A microbiota retal de gatos obesos e idosos não diferiu mediante ao consumo da FVHE-c. Porém, a inclusão da FVHE-c foi efetiva em modular a microbiota retal desses animais.