Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Jennifer do Carmo Souza
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Orientador(a): |
Rocha, Paulo Novis
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Banca de defesa: |
Rocha, Paulo Novis
,
Follador, Ivonise
,
Latado, Adriana Lopes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37675
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Resumo: |
Introdução: Estudos epidemiológicos apontam uma frequência maior de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e outras doenças cardiovasculares em pacientes com psoríase. O mecanismo desta associação não está plenamente esclarecido, mas é provável que envolva uma ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). Objetivo: Comparar os níveis séricos de renina e de aldosterona entre pacientes com e sem psoríase. Método: Estudo prospectivo, de corte transversal, realizado com pacientes consecutivos oriundos do ambulatório de dermatologia de um hospital universitário. Após avaliação clínica, os pacientes foram submetidos a coleta de sangue para dosagem de renina e aldosterona; esses níveis foram comparados entre pacientes com e sem psoríase. Análises estratificadas foram analisadas em pacientes com e sem HAS. Por fim, uma análise de regressão linear múltipla foi realizada para detectar preditores independentes de níveis mais elevados de renina e aldosterona. Resultados: Foram avaliados 170 pacientes com média de idade 55 ± 13 anos, 50,6% homens, 85,9% não-brancos, 57,6% com psoríase e 44,1% com HAS. Os níveis séricos médios de renina foram semelhantes nos pacientes com e sem psoríase (26,3 ± 51,4 versus 23,9 ± 48,7 uUI/ml, respectivamente, p = 0,764). No entanto, os níveis séricos médios de aldosterona foram significativamente mais elevados nos pacientes com psoríase (25,3 ± 49,4 versus 11,7 ± 10,7 ng/dl, p = 0,009). Quando estratificamos os pacientes em quatro subgrupos: 1) psoríase e HAS, 2) psoríase, 3) HAS e 4) nenhuma (sem psoríase e sem HAS), ficou evidente que apenas os pacientes com psoríase e HAS tinham níveis de aldosterona sérica significativamente mais elevados que os pacientes dos outros subgrupos. Na análise de regressão linear, ficou evidente que havia uma interação significativa entre HAS e psoríase sobre os níveis de aldosterona. Em análise de regressão linear multivariada incluindo indivíduos hipertensos, a presença de psoríase foi independentemente associada a níveis mais elevados de aldosterona, mesmo quando ajustada para o uso de bloqueadores do SRAA. Ao excluir indivíduos hipertensos, a presença de psoríase não se associou a níveis mais elevados de aldosterona. Conclusão: Nossos dados indicam que pacientes com psoríase e HAS apresentam níveis mais elevados de aldosterona sérica. O impacto deste achado sobre a morbi-mortalidade cardiovascular em pacientes com psoríase deve ser investigado em novos estudos. |