Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Conceição, Wesley da Ressurreição
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Orientador(a): |
Souza, Florentina da Silva
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Banca de defesa: |
Souza, Florentina da Silva
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Franca, Denise Carrascosa
,
Pinho, Osmundo Santos de Araujo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39259
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Resumo: |
Esta dissertação intitulada Música, memória e negritude: a estética do pensamento radical negro dos Blocos Afros de Salvador-BA, teve o objetivo de analisar as letras de algumas canções de quatro blocos afros de Salvador (Ilê Aiyê, Malê Debalê, Olodum e Os Negões), com foco nas composições produzidas e/ou regravadas no século XXI. Colocando os compositores/as negros/as em destaque, buscou-se entender de que maneira a textualidade dos blocos afros se configura enquanto instrumento de enunciação e resistência negra. Partindo do conceito de negritude proposto por Aimé Césaire (2010), e valendo-se da ideia da estética da tradição radical preta proposta por Fred Moten (2023) – conceitos basilares para este trabalho – esta pesquisa também dialoga com outros/as intelectuais, a exemplo de Abdias Nascimento, Alberto Guerreiro Ramos, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Leda Martins, Florentina Souza, Paul Gilroy, bell hooks, Jônatas Conceição. Como resultado da análise das letras das canções, este trabalho aponta que a literatura dos blocos afros, em conjunto com os demais elementos éticos-estéticos que compõem esses blocos (dança, toque, canto, figurino e espiritualidade) se constitui enquanto espaço de preservação da memória, quilombamento, insurgência, improviso e valorização da negritude. Por conta disso, essa literatura insere-se na estética do pensamento radical negro. Esse trabalho também aponta que, através de suas obras literárias, os compositores e as compositoras negros e negras dos blocos afros atuam como intelectuais e agentes de transformação social que educam gerações de negros e negras há quase cinco décadas. |