Escritas marginais urbanas nas ruas de Salvador: cartografias e reescritas do direito à cidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mariani, Carla Neves lattes
Orientador(a): Portela, Thais de Bhanthumchinda
Banca de defesa: Carvalho, Claudio Oliveira de, Portela, Thais de Bhanthumchinda, Pereira, Gabriela Leandro, Silva, Ariadne Moraes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) 
Departamento: Faculdade de Arquitetura
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36263
Resumo: Esta conversa privilegia as margens - este interstício, ora lugar de encontros, ora lugar de tensões – que conduz a pensar Salvador, cidade negra, e suas escritas desautorizadas, que preenchem muros e superfícies à revelia das leis. Principia pelo diálogo entre as escritas marginais urbanas e o direito à cidade, entendido aqui como o fazer cotidiano das ruas, horizonte de emancipação e modo de existir. Defronta-se com os conflitos que têm como base a invenção de (i)legalidades para controle e homogeneização dos espaços urbanos. Interessa, pois, investigar como as estruturas de poder, mais precisamente o ordenamento jurídico-urbano, operam processos de marginalização e de invisibilização contra as expressões fora-da-lei, perseguição e apagamento lidas como face da necropolítica e do epistemicídio em curso. Como suporte metodológico, se orienta pela cartografia incorporada aos rolês, que parte da análise das Ocorrências de Flagrantes à pichação, feitas pela Polícia e Guarda Municipal, e caminha ao encontro dos muros, observando e provocando as múltiplas narrativas das ruas, acessando diversas camadas de percepção da cidade. Num constante estado de travessia, aposta, ainda, na experiência da escuta e da memória, para construção de imaginários mediativos, vislumbrando possíveis espaços de negociação nas disputas socioespaciais por visibilidade e por participação na vida urbana.